O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O general Walter Braga Netto entregou dinheiro vivo a membros do grupo de elite do Exército “kids pretos” para financiar o golpe de Estado no fim de 2022, segundo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em depoimento à Polícia Federal. Ele afirma que o repasse do dinheiro foi feito em embalagens de vinho.

Segundo o ICL Notícias e o UOL, Cid não detalhou qual foi o valor entregue aos “kids pretos”. Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostraram que o tenente-coronel e o major Rafael de Oliveira estimavam que o golpe custaria cerca de R$ 100 mil.

O dinheiro seria usado para pagar despesas como deslocamento de militares do Rio de Janeiro para Brasília, hospedagem e alimentação. A Polícia Federal não revelou se algum recurso realmente foi pago ou utilizado pelos golpistas.

O valor entregue aos militares seria usado para concretizar o plano “Copa 2022”, que incluía o monitoramento de autoridades e um planejamento para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Na época do suposto envio de dinheiro aos “kids pretos”, Braga Netto havia acabado de disputar as eleições presidenciais como vice na chapa de Bolsonaro. O general, segundo os planos encontrados pela Polícia Federal, assumiria o “Gabinete de Gestão de Crise” que seria criado após o golpe.

Investigadores ainda encontraram indícios de que Braga Netto e outros militares poderiam descartar o ex-presidente após a ruptura institucional, criando uma espécie de “golpe do golpe”.

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Last Update: 06/12/2024