
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou, na tarde desta quarta (19), sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele e 33 aliados pela trama golpista. Ele voltou a tentar emplacar a narrativa de “perseguição”.
“O mundo está atento ao que se passa no Brasil. O truque de acusar líderes da oposição democrática de tramar golpes não é algo novo: todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias”, escreveu Bolsonaro.
Ele ainda citou Venezuela, Nicarágua, Cuba e Bolívia, dizendo que os líderes desses países acusam opositores de serem “golpistas”.
A PGR imputou a Bolsonaro os crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O relatório completo da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe tem 884 páginas e a denúncia da PGR, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça (18), 272. Mesmo após quase dois anos de investigações, Bolsonaro diz ser alvo de “acusações vagas”.
“A cartilha é conhecida: fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder”, prosseguiu o ex-presidente.
– O mundo está atento ao que se passa no Brasil. O truque de acusar líderes da oposição democrática de tramar golpes não é algo novo: todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias.… pic.twitter.com/VGM7hcAj2v
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 19, 2025
Em comunicado divulgado nesta terça, a defesa de Bolsonaro manifestou “indignação e estarrecimento” com a denúncia da PGR. Seus advogados alegam que não foram encontrados elementos que o liguem à trama golpista e que “não há qualquer mensagem que embase a acusação”.
Além de Bolsonaro, outros 33 aliados foram denunciados pela PGR. Veja a lista:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros
- Alexandre Rodrigues Ramagem
- Almir Garnier Santos
- Anderson Gustavo Torres
- Ângelo Martins Denicoli
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira
- Bernardo Romão Correa Netto
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
- Cleversom Ney Magalhães
- Estejam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
- Fabrício Moreira de Bastos
- Filipe Garcia Martins Pereira
- Fernando de Sousa Oliveira
- Giancarlo Gomes Rodrigues
- Guilherme Marques de Almeida
- Hélio Ferreira Lima
- Marcelo Araújo Bormevet
- Marcelo Costa Câmara
- Márcio Nunes de Resende Júnior
- Mário Fernandes
- Marília Ferreira de Alencar
- Mauro César Barbosa Cid
- Nilton Diniz Rodrigues
- Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
- Rafael Martins de Oliveira
- Reginaldo Vieira de Abreu
- Rodrigo Bezerra de Azevedo
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
- Silvinei Vasques
- Walter Souza Braga Netto
- Wladimir Matos Soares
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