O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio e criticou a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro de seu governo e seu companheiro de chapa na eleição de 2022.
Em publicação no X, antigo Twitter, na noite de sábado (14), o ex-capitão questionou: “Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas? Há mais de 10 dias o ‘Inquérito’ foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP”.
Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Bolsonaro e atual senador, também criticou a prisão do general. Mourão classificou a ação como “atropelo das normas legais” e defendeu Braga Netto, afirmando que ele “não representa nenhum risco para a ordem pública”. A declaração foi feita nas redes sociais.
O General Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública e a sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido.
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) December 14, 2024
Prisão de Braga Netto
A prisão de Braga Netto foi decretada pelo STF, com base em suspeitas de obstrução à justiça no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado de 2022. Segundo a Polícia Federal (PF), a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares relacionadas a atividades que estariam interferindo na instrução processual penal. A defesa de Braga Netto ainda não se pronunciou.
O general foi detido no quartel da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, por decisão judicial. As investigações apontam que ele teria participado de reuniões que incluíram discussões sobre um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, ministro do STF. Esses encontros, de acordo com a PF, teriam ocorrido na casa de Braga Netto e faziam parte da trama golpista organizada por núcleos bolsonaristas.
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