Jair Bolsonaro (PL) pode ser preso por violar o despacho lançado hoje (21) que impôs a proibição de uso das redes sociais ao ex-presidente. Na medida, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), inclui não podem ser publicadas “transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros”, o que abrange qualquer conta além da do ex-presidente.
No mesmo dia, Bolsonaro, ao deixar uma reunião do PL na Câmara dos Deputados, mostrou aos seus apoiadores a tornozeleira eletrônica que estava usando e voltou a atacar Moraes e as medidas restritivas que lhe foram impostas. Vários vídeos foram gravados pelos que estavam presentes e publicados na internet, e contas dos principais veículos de imprensa do país também republicaram o momento.
“Não roubei cofres públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é o símbolo da máxima humilhação do nosso país. Uma pessoa inocente. (…) O que estão fazendo com um ex-presidente da República. Nós vamos enfrentar tudo e a todos. O que vale para mim é a lei de Deus”, disse o ex-presidente.
A medida cautelar explicita o que pode acontecer caso seja descumprida por Bolsonaro: “não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão”.