O ministro Alexandre de Moraes (centro), ao lado do procurador-geral da República, Paulo Gonet (esquerda), conduz audiência na Primeira Turma do STF sobre a ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado orquestrada por Jair Bolsonaro e aliados – Foto: Antonio Augusto

Na terça-feira (10), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal finalizou os interrogatórios da ação penal que apura a tentativa de golpe orquestrada por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

O ex-presidente e outros sete aliados próximos prestaram depoimento nos dois últimos dias, negando envolvimento na trama e respondendo às perguntas do relator Alexandre de Moraes, do ministro Luiz Fux, do procurador Paulo Gonet e dos advogados de defesa.

Próximos passos

Com o encerramento da audiência, Moraes determinou prazo de cinco dias para que as partes apresentem pedidos de esclarecimento.Em seguida, acusação e defesa devem entregar suas alegações finais – as defesas ainda podem solicitar diligências adicionais, que serão analisadas pelo relator antes da próxima fase do processo.

A prisão de Bolsonaro ou de outro réu só poderá ocorrer após essa etapa, com a conclusão das alegações e o julgamento pelo Supremo.

O resultado dependerá da votação dos ministros da Primeira Turma. Apenas após isso será definida uma possível condenação ou absolvição dos envolvidos.

Jair Bolsonaro durante depoimento no STF, na terça-feira (10) – Foto: Reprodução

Recesso e retorno do julgamento

Com o recesso do Supremo previsto para julho, o julgamento deve ocorrer a partir de agosto. A previsão é que a análise aconteça no segundo semestre, após o fim dos prazos processuais e a retomada das sessões do tribunal.

Entre os réus estão ex-ministros, militares e ex-assessores do governo Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República aponta que todos atuaram de forma coordenada para deslegitimar o resultado das eleições e tentar manter o ex-chefe de Estado no poder.

O grupo responde por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e deterioração de patrimônio público.

A lista dos réus inclui nomes como Mauro Cid, Anderson Torres, Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira. Bolsonaro é acusado de liderar o grupo.

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Last Update: 11/06/2025