
Em conversas reservadas com aliados, Jair Bolsonaro demonstrou sua “decepção” com o voto do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso da tentativa de golpe. O magistrado, indicado por Bolsonaro, votou pela permanência dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da denúncia, o que gerou insatisfação por parte do ex-presidente.
O primeiro indicado ao STF pelo inelegível foi o responsável por votar contra o pedido da defesa de Bolsonaro, que solicitava o afastamento dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino do julgamento da denúncia relacionada à tentativa de golpe.
Em sua decisão, o ministro afirmou que ambos os magistrados não teriam “qualquer interesse de natureza extrapenal” em relação ao ex-presidente, destacando que, apesar de terem atuado contra Bolsonaro no passado, isso não afetaria sua imparcialidade no julgamento.
O ex-presidente, que foi o responsável por indicar Nunes Marques ao STF, não escondeu sua decepção com a postura do magistrado. Em conversas privadas, Bolsonaro expressou que a situação lhe causava mais “tristeza” do que “raiva”, refletindo sua frustração com a decisão de seu indicado.

Ainda durante o processo, a defesa de Bolsonaro tentou, sem sucesso, marcar uma reunião com Nunes Marques para discutir o pedido de afastamento dos ministros Zanin e Dino. De acordo com fontes próximas, o ministro optou por não receber os advogados de Bolsonaro, o que agravou ainda mais a relação entre o ex-presidente e o magistrado.
O caso será julgado pela Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros: Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino. A Primeira Turma será responsável por decidir o futuro de Bolsonaro no processo, que envolve a denúncia sobre a tentativa de golpe.
O julgamento não ocorrerá no plenário, onde todos os ministros do STF participam, mas em um colegiado menor, o que aumenta a importância das decisões tomadas pelos cinco magistrados. Além da questão envolvendo Zanin e Dino, Nunes Marques também foi a favor de rejeitar o pedido da defesa de Walter Braga Netto, que solicitava o afastamento do ministro Alexandre de Moraes do caso.
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