
Michelle Bolsonaro tombou depois de enfrentar o marido, os enteados, o PL e o Centrão, e passar dos limites, na avaliação dos machos do fascismo. A assessoria dela admite: a ex-primeira-dama afastou-se do PL Mulher e de atividades políticas porque “a sua imunidade foi atingida”.
Isso é o que diz a nota divulgada por ela e pelo PL Mulher nas redes sociais:
“A presidente Michelle vinha lidando com algumas alterações em sua saúde e, nos últimos meses, especialmente em consequência das tensões envolvendo a prisão de seu marido e das constantes injustiças feitas contra ela e sua família, sua imunidade foi afetada e essas alterações foram agravadas, tornando necessário seu afastamento temporário das atividades no partido”.
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Michelle se abateu. Não ficou sabendo com antecedência da escolha de Flávio pelo marido como candidato do bolsonarismo à Presidência e passou a ser escanteada pelo Centrão depois da afronta ao núcleo duro da família ao questionar a aliança do PL com Ciro Gomes no Ceará.
A situação é grave. Aquietou-se em casa e mandou avisar que não participará do Encontro Nacional do PL Mulher, no próximo dia 13, no Rio, do qual seria a principal estrela. Sem Michelle, o evento não existe, e por isso foi adiado para abril de 2026.
Até lá, são quatro meses, e tudo poderá acontecer num ambiente em que velhos caciques questionam o ímpeto da moça para se posicionar como liderança nacional e possível candidata à Presidência.
Chegamos a esse ponto. Michelle, a pregadora religiosa que atribui tudo a Deus, estava levando a sério a possibilidade de receber a unção do marido para enfrentar Lula.
Líderes de PP, União Brasil, PL e Republicanos, que formam a maior base da direita com estrutura de extrema direita, conseguiram: Michelle sai de cena por um tempo e não deve nem visitar o marido nesta terça, como estava previsto.
Essa é a situação do bolsonarismo. O chefão está preso, um filho fugiu para os Estados Unidos, o outro filho foi escolhido candidato, com alta rejeição dentro da própria extrema direita, e agora Michelle é escanteada e confessa estar doente.
Sempre lembrando que ela pregou que a mulher ideal deve ser ajudadora do marido, como está na Bíblia, e aceitar uma “submissão saudável” ao chefe da família.
Michelle pode ter tentado se desgrudar do chefe preso, mas os enteados, Valdemar Costa Neto, Gilberto Kassab e Ciro Nogueira avisaram Bolsonaro: “deixa com nóis que nóis resolve”. Michelle, a santinha do bolsonarismo, voltou a ser dona de casa.