
Jair Bolsonaro (PL) é o ex-presidente que mais gerou despesas à Presidência da República nos últimos quatro anos.
Desde que deixou o cargo, ele teve um custo médio anual de R$ 1,7 milhão aos cofres públicos, valor superior ao de outros ex-presidentes como Dilma Rousseff e Fernando Collor. Os dados são de um levantamento divulgado pelo Estadão, com base em informações oficiais da Presidência entre 2021 e junho de 2025.
No período analisado, o total de gastos com os sete ex-chefes de Estado vivos, incluindo Lula (PT) antes do atual mandato, foi de R$ 35,5 milhões.
Somente entre 2023 e 2025, Bolsonaro acumulou R$ 1,8 milhão em salários de assessores e R$ 1,1 milhão em passagens nacionais. Em 2023, também foram gastos R$ 649 mil com diárias no exterior, quando ele permaneceu por três meses nos Estados Unidos após deixar o cargo, sem participar da cerimônia de posse de Lula.
A Presidência arca com todas as despesas de funcionários indicados pelos ex-presidentes, que ocupam cargos comissionados. Os custos incluem também reembolsos, combustíveis e deslocamentos em agendas pessoais ou públicas.
No ranking, Lula aparece em quarto lugar, com média anual de R$ 1,49 milhão, seguido por Michel Temer e José Sarney.

Em 2024, o governo registrou o maior gasto com ex-presidentes, totalizando R$ 9,4 milhões. No ano anterior, foram R$ 8,8 milhões. Já em 2025, até o mês de junho, as despesas somam R$ 3,6 milhões, com expectativa de aumento até o fim do ano.