O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, ao fundo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou no WhatsApp os vídeos que sua defesa queria exibir durante seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista, na última terça-feira (10), conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Bolsonaro chegou ao tribunal com um detalhado roteiro de defesa para seu interrogatório. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, vetou a transmissão desses vídeos no plenário.

Nos materiais, Bolsonaro apresenta autoridades como o ministro do STF, Flávio Dino, e o presidente do PDT, Carlos Lupi, defendendo o voto impresso. Os vídeos também mostram o ex-presidente apoiando a desobstrução das estradas pelos caminhoneiros, pedindo manifestações pacíficas e afirmando que não iriam para “o tudo ou nada”.

Anotações

Nas anotações levadas ao interrogatório pelo advogado Celso Vilardi, intituladas “Sequência de Vídeos”, constam referências a pronunciamentos de Dino criticando as urnas eletrônicas quando era governador do Maranhão.

Um trecho descreve imagens em que Dino “acusa fraude no sistema eleitoral” em eleições estaduais. “Hoje em Recife vi a comprovação científica de que as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes”, escreveu Dino em 2013.

Outro menciona o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendendo o voto impresso. “A decisão de derrubarmos o veto da presidente Dilma ao voto impresso é uma vitória da sociedade que, a partir de 2018, terá o direito à recontagem dos votos. Teremos eleições mais transparentes”, disse Rodrigo Maia ainda em 2015.

A defesa do ex-capitão também planejava passar um vídeo do ex-ministro do governo Lula (PT), Carlos Lupi, afirmando, em 2021, que “sem impressão do voto não há possibilidade de recontagem”.

Outras anotações vistas com Vilardi destacam que a defesa tende a enfatizar uma suposta boa vontade de Bolsonaro em passar o poder a Lula após a derrota eleitoral em 2022.

Confira:

 

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Last Update: 11/06/2025