A morte não é mais a única certeza que temos.
A cada dia que passa uma outra certeza: inevitável, incontornável, incontestável, implacável se aproxima – a de que Bolsonaro será preso pelos crimes que cometeu.
Bolsonaro, o traidor da pátria, o ex-presidente que bateu continência para a bandeira norte-americana e travou guerra contra o Brasil exterminando a população por descaso, negligência, omissão e ineficiência premeditada ao negar a ciência e incitar com que os cidadãos brasileiros recusassem a vacina contra o novo coronavírus.
O ex-presidente que autointitulava-se “especialista em matar”, Bolsonaro também fez questão de defender a indústria armamentista apelando para o consumo de armas pelas pessoas, na suposição absolutamente irrealista de que, assim, o indivíduo estaria mais protegido contra assaltos.
Bolsonaro, o ex-presidente que pretendeu mergulhar o país em uma guerra civil dividindo, então, a sociedade brasileira por meio de uma mentira, onde os comunistas no poder, de um lado, deveriam ser desalojados por homens e mulheres de bem, que oprimidos, do outro lado, passariam a lutar por sua liberdade, inclusive, de expressão.
Bolsonaro, o ex-presidente que extrapolou e estuprou o uso do bom senso para explorar a fé e o sentimento nacionalista das pessoas manipulando,assim, a boa vontade delas em prol de um projeto político pessoal de poder.
Bolsonaro, o ex-presidente que debochou de Lula por este ter sido preso; mas, uma coisa é a prisão injusta de que Lula foi vítima; outra coisa bem diferente é a justa prisão da qual Bolsonaro não conseguirá escapar.
Porque o que depõe contra o detido – e isto Bolsonaro aprenderá com a vida – não é o fato da prisão em si, mas sim, se o prisioneiro fez jus à perda da liberdade.
Bolsonaro, o ex-presidente que odeia negro, pobre, mulher, indígena e o segmento lgbtqiapn+ e vangloriava-se em desrespeitar jornalistas e tensionar a harmonia entre os Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Bolsonaro, o ex-presidente que buscou desestabilizar a democracia ao trabalhar para tumultuar a República e desacreditar o sistema de escolha dos governantes ainda que, ele próprio, em 2018, tenha sido eleito por meio de urnas eletrônicas.
Bolsonaro, o ex-presidente que tramou e colocou em andamento um Golpe de Estado visando, com isso, de forma ilegítima, perpetuar-se no poder por meio de violência organizada e assassinatos planejados de autoridades constituídas.
Diante de todos estes crimes soma-se,agora,a cumplicidade hedionda e bandida de seu protetor e baderneiro querido, Donald Trump, que impôs taxa de 50% à importação de produtos americanos como retaliação ao processo jurídico em curso contra Bolsonaro.
O fato de Bolsonaro revelar publicamente gratidão pela interferência de Donald Trump em assuntos internos do país, expõe que Bolsonaro endossa o ataque do político norte-americano à soberania e instituições do Brasil e, com isso, a guerra tarifária de Trump contra o Brasil acaba por depor, enfim, contra Bolsonaro que, por meio de seu filho, Eduardo, pretende gerar atrito internacional entre países( neste caso, entre Brasil e EUA), o que, por sua vez, também configura crime.
Bolsonaro, além de especialista em matar também é um perito em crimes.É crime atrás de crime.
Sendo assim, a cada dia, Bolsonaro, torna-se um forte candidato a ser presidiário.Digo, torna-se um forte candidato porque, respeitando os devidos trâmites legais, a presunção constitucional de inocência e o trânsito em julgado, após amplo direito de defesa, o conjunto da obra, no entanto, permite vislumbrar que, é uma questão de tempo, e é certo que, Bolsonaro, verá o sol nascer quadrado.
Mesmo escondendo-se debaixo da saia de Donald Trump, Bolsonaro, hoje, já faz uso de tornozeleira eletrônica, não pode sair de seu domicílio nos finais de semana e de segunda a sexta-feira deve cumprir horário para sair e retornar à sua residência.
E não adianta nem a chantagem econômica de Donald Trump, nem a suspensão do visto de entrada nos Estados Unidos de determinados componentes do Judiciário brasileiro, porque, tal qual a morte, é certo também que, mais cedo ou mais tarde, pelos crimes que cometeu, Bolsonaro, este candidato à presidiário, irá se deparar com esta verdade inescapável:
“A justiça tarda, mas não falha”
Charles Gentil
Presidente do Diretório Zonal PT do Centro
