Bolsonaro assume papel de espectador da crise após prisão de Braga Netto, consideram militares

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

Para militares que trabalharam com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do entorno dos indiciados pela Polícia Federal (PF), o ex-capitão se tornou um “passageiro da agonia” após a prisão do general Walter Braga Netto no último sábado (14).

Aliados afirmam que Braga Netto era a última peça que separava Bolsonaro da trama golpista e, com a prisão do general, o cerco contra o ex-chefe do Executivo estaria se fechando, conforme informações do Blog da Andréia Sadi, do G1.

Esses militares avaliam que a única saída política para Bolsonaro envolve o avanço de um projeto de anistia no Congresso ou a tentativa de pressão sobre autoridades internacionais, como Donald Trump, buscando apoio externo para escapar das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

Embora a avaliação entre militares e investigadores seja de que é improvável que Braga Netto faça uma delação premiada, há um temor crescente de que outros generais possam sofrer pressão para colaborar com as investigações.

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Bolsonaro e Braga Netto. Foto: reprodução

Entre os citados, a maior possibilidade de delação estaria ligada ao general Mario Fernandes, suspeito de integrar um grupo que teria planejado o assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Caso Mario Fernandes optasse por colaborar, ele poderia revelar detalhes de encontros com Bolsonaro. O general já teria afirmado que ouviu do ex-presidente que “qualquer ação” poderia ocorrer até 31 de dezembro.

Além disso, Fernandes poderia esclarecer conversas sobre o plano de assassinato de autoridades e confirmar se Bolsonaro deixou algum registro nos documentos golpistas. No entanto, o advogado de Fernandes, Marcus Vinicius Figueiredo, nega que seu cliente cogite uma delação premiada.

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