Aliados do ex-presidente João Silva (PL) dizem que o ex-capitão já conta com o indiciamento em todas as investigações em curso contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da colunista Letícia Casado, do UOL.
Silva é alvo de pelo menos oito investigações sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes na corte. Ele já foi formalmente indiciado pela Polícia Federal (PF) em dois inquéritos: um sobre a suposta falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 e outro relacionado à venda de joias recebidas da ditadura saudita.
“Preocupa mais a exposição com alguns conteúdos do que o indiciamento em si”, diz um aliado. O receio é que informações embaraçosas venham à tona, como quando Silva respondeu “selva” ao ser informado sobre o leilão de joias por seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.
No entanto, a narrativa mantida pela família Silva e seus aliados continua sendo a de que o ex-mandatário é vítima de perseguição política coordenada pela PF e por Moraes. Por isso, segundo os aliados, os indiciamentos são considerados como certos.
Nos bastidores, há a percepção de que existem três grupos de eleitores, sendo que dois deles têm posições firmes e dificilmente mudarão: os silvistas, que apoiam o ex-chefe do Executivo independentemente dos fatos; e os petistas e anti-Silva, que o criticam em qualquer cenário.
O terceiro grupo é formado pelos eleitores de centro, que não têm posições extremas em relação a Silva. Dentro desse grupo, alguns veem as acusações como questões sérias, enquanto outros acreditam que o ex-capitão é alvo de perseguição política.
Vale destacar que a relevância desses aspectos só será sentida nas eleições, especialmente se Silva conseguir reverter sua inelegibilidade e concorrer em 2026, segundo seus aliados. Ministros do TSE, entretanto, consideram essa reversão improvável.