O ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Rádio Auriverde. Foto: reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a necessidade de um “Senado forte” para reequilibrar os Poderes, criticou decisões do STF sobre redes sociais e relacionou a facada de 2018 ao seu sucesso eleitoral em entrevista ao canal AuriVerde Brasil nesta quarta-feira (25). As declarações ocorrem em meio aos preparativos para manifestações pró-anistia marcadas para domingo (29) em São Paulo.

Bolsonaro questionou o julgamento do STF sobre o Marco Civil da Internet, que discute a responsabilização de plataformas por conteúdo de usuários. “Como é que a gente pode esperar uma campanha para 2026 com uma rede social censurada?”, indagou. O ex-presidente lembrou que seu filho Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro, foi fundamental em sua estratégia digital em 2018, quando lives no Facebook chegavam a 400 mil espectadores.

Sobre o atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), ele afirmou que “aquela facada que não foi perfeita”, mas que a ação de Adélio Bispo o ajudou a vencer o pleito na ocasião: “Acabou colaborando para a eleição nossa”.

O ex-presidente também acusou Lula de não agir contra os acampamentos pró-Bolsonaro antes dos ataques de 8 de janeiro. “Enquanto eu estava na frente dos quartéis, zero problema. […] No meu entender, ele tinha um propósito”, disse, sugerindo que os eventos foram facilitados.

O réu por tentativa de golpe de Estado também denunciou o que chama de “lawfare” contra sua família: “Estão demonstrando que essas pessoas com potencial para o Senado vão ter problemas com a Justiça. Isso é negação à democracia”. Citando pesquisas, afirmou ser o nome mais competitivo contra Lula em 2026.

Bolsonaro ainda revelou que foi incumbido por Valdemar Costa Neto (PL) de coordenar as candidaturas ao Senado, com meta de eleger 40 dos 54 representantes em disputa. A estratégia inclui alianças com partidos de centro-direita como União Brasil, PP e PSD.

“Das 54 vagas vamos fazer pelo menos 40 com aliados. Somando os atuais, teremos 55-56 senadores comprometidos com o futuro do Brasil”, projetou. Dados do Estadão/Broadcast mostram que o governo Lula tem 52% das vagas em disputa contra 28% da oposição.

Sobre governadores, o PL planeja focar em vice-governanças em estados menos favoráveis. “Não vamos lançar candidato só para marcar posição”, explicou, citando negociações por suplências no Senado.

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Last Update: 25/06/2025