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Aliados de Jair Bolsonaro (PL) aproveitaram o fechamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) por Donald Trump para espalhar teorias da conspiração sobre as eleições de 2022 e questionar a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo levantamento do Instituto Democracia em Xeque, mais de 1,1 milhão de postagens sobre o tema foram publicadas no Brasil, gerando 5,2 milhões de interações nas redes sociais.
Entre as postagens, perfis bolsonaristas destacaram um depoimento do ex-funcionário do Departamento de Estado Michael Benz. Ele afirmou que a Usaid teria investido “dezenas de milhões de dólares dos contribuintes americanos” para interferir no processo eleitoral brasileiro e favorecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil”, disse Benz. No entanto, não há qualquer evidência que comprove suas declarações, segundo verificações de sites de checagem.
Parlamentares bolsonaristas ampliaram as insinuações nas redes. O deputado Eduardo Bolsonaro publicou no X que “a Usaid fraudou as eleições do Brasil e chamou isso de ‘ajuda’”.
Tradução: "A USAID FRAUDOU AS ELEIÇÕES DO BRASIL E CHAMOU ISSO DE 'AJUDA" https://t.co/TAdn9bhWR2
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) February 9, 2025
Bia Kicis também fez publicações sugerindo uma suposta interferência.
O @MikeBenzCyber makes shocking revelations about interference in Brazil’s elections in 2022. @Lilipac @KWiswesser USAID financiou a censura no Brasil. Minha denúncia hoje da Tribuna. pic.twitter.com/x9plguZ8Ge
— Bia Kicis (@Biakicis) February 5, 2025
Além dos ataques ao TSE, bolsonaristas passaram a criticar iniciativas brasileiras que, segundo eles, teriam recebido recursos da Usaid.
Os sites Alma Preta e Agência Lupa, além do movimento Sleeping Giants Brasil, foram alvos de acusações, mas negaram qualquer ligação financeira com a agência americana.
O monitoramento das postagens foi feito pelo Instituto Democracia em Xeque por meio da ferramenta Talkwalker, que analisou conteúdos no Facebook, Instagram, YouTube e Telegram.
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