ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com cara de choro, em close
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Os desdobramentos da delação premiada de Mauro Cid têm gerado grande apreensão entre os aliados mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a inelegibilidade do político, cresce entre seus apoiadores a percepção de que será necessário construir novas lideranças políticas fora do núcleo familiar, mas que mantenham a benção e o apoio dele. Com informações do g1.

Apesar dessa avaliação, Bolsonaro tem demonstrado resistência em abrir espaço para novos nomes dentro da direita política. Seguindo um roteiro semelhante ao de Lula (PT) em 2018, o ex-mandatário tem insistido que ele próprio é o único candidato legítimo, o que dificulta o surgimento de outras opções políticas alinhadas aos seus ideais e fora de sua família.

A citação de Michelle Bolsonaro (PL) nas revelações de Mauro Cid não surpreendeu os aliados do ex-presidente. Fontes próximas ao núcleo político da família destacam que Michelle e Cid mantinham uma relação conflituosa, o que reforça a descrença na existência de provas que a comprometam diretamente.

Um ex-assessor revelou que a relação entre Michelle e Cid era tão problemática que “onde um entrava, o outro saía”. Um dos pontos de discordância mais marcantes entre os dois foi durante o período de decisão sobre a permanência ou saída de Bolsonaro do Brasil. Enquanto ela defendia que ele ficasse para evitar a aparência de fuga, o militar argumentava que o ex-presidente deveria sair para aliviar a pressão e preservar sua saúde mental.

Jair Bolsonaro e Michelle sentados lado a lado, sérios
Jair Bolsonaro e Michelle – Reprodução

Com o avanço das investigações e a pressão para se reorganizar politicamente, aliados de Jair Bolsonaro discutem a possibilidade de trabalhar novos nomes para as próximas eleições. Entre os cotados estão Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo.

Para Michelle, o plano seria uma candidatura ao Senado, uma posição que pode consolidar sua presença no cenário político nacional.

Apesar das discussões em torno de novas lideranças, a palavra final continua com Bolsonaro, que ainda explora o discurso de que é o único representante legítimo da direita. Nos bastidores, há consenso de que as chances de ele reverter juridicamente sua situação são mínimas, especialmente diante da proximidade da conclusão das investigações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro.

A iminência de um desfecho desfavorável tem levado os apoiadores a intensificar o debate sobre uma possível anistia. Essa medida seria apresentada como condição para o apoio político de Bolsonaro a futuros candidatos, incluindo as eleições presidenciais de 2026.

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Last Update: 28/01/2025