
Após a suspensão de três meses do deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES), lideranças do PL na Câmara querem a “cabeça” de algum parlamentar da esquerda e buscam punições semelhantes, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Nos bastidores, caciques do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão analisando casos envolvendo deputados de esquerda para pedir à mesa diretora da Câmara o mesmo tratamento dado a Gilvan.
O parlamentar foi punido pelo Conselho de Ética sem que o caso fosse levado ao plenário da Câmara, tornando-se o primeiro deputado a ser suspenso com base nas novas regras anti-baixaria da Casa.
Os bolsonaristas explicam que a suspensão foi acordada com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e afirmam que esperam reciprocidade em situações semelhantes envolvendo a esquerda.
A suspensão inicial solicitada era de seis meses, conforme pedido da mesa diretora da Câmara, aprovado em uma reunião de líderes na última quarta-feira (30/4).
A punição se baseou em dois motivos. O primeiro envolveu as ofensas feitas por Gilvan à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que também é deputada federal licenciada.
Durante uma sessão, o deputado chamou a ministra de “prostituta” e mencionou o codinome “Amante” que constava na lista da Odebrecht entregue à Lava Jato, embora Gleisi tenha sido absolvida por unanimidade pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2018.
O segundo motivo foi a briga entre Gilvan e o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ocorrida durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública, na última terça-feira (29/4), com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Gilvan da Federal é símbolo do que significa a ascensão da extrema-direita na política. Vai ter o mandato suspenso por essa ofensa abjeta mostrada no vídeo. Um sujeito que não consegue falar duas frases sem ofender alguém. Em condições normais, jamais seria representante público. pic.twitter.com/0JEvIm32rW
— Rogério Tomaz Jr. (@rogeriotomazjr) May 1, 2025
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