
Integrantes da família Bolsonaro e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional demonstraram frustração com mais um adiamento nas sanções prometidas pelos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Com informações de Bela Megale, do jornal O Globo.
De acordo com parlamentares do Partido Liberal (PL), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro havia informado que as punições, articuladas com membros do governo de Donald Trump, seriam anunciadas entre sexta-feira (20) e sábado (21). No entanto, até a manhã desta segunda-feira (23), nenhuma medida oficial foi divulgada por autoridades americanas.
O filho do ex-chefe do governo está atualmente nos Estados Unidos, onde lidera articulações com setores conservadores e republicanos. Segundo relatos de congressistas próximos ao deputado, ele teria se reunido na semana passada com representantes da Casa Branca.

A interlocutores, Eduardo afirmou que as sanções contra Moraes já haviam passado por todos os departamentos responsáveis e estariam prontas para serem publicadas a qualquer momento.
No entanto, o contexto internacional pode ter interferido nos planos. No domingo (22), os Estados Unidos lançaram ataques a três instalações nucleares no Irã, em uma escalada de tensões no Oriente Médio que se soma à ofensiva militar de Israel. A avaliação do grupo bolsonarista é que, com o aumento da guerra, questões como a punição a membros do Judiciário brasileiro podem ser temporariamente deixadas de lado pela gestão republicana.
Essa não é a primeira vez que Eduardo Bolsonaro frustra aliados com prazos não cumpridos. Quando iniciou sua ofensiva política em Washington, ele chegou a afirmar que as sanções contra Alexandre de Moraes seriam efetivadas até o final de maio. O novo adiamento reforça o clima de impaciência entre aliados, que cobram resultados concretos das articulações internacionais promovidas pelo filho do ex-presidente.