Bolsa renova máxima histórica impulsionada por PIB e cenário externo

O Ibovespa iniciou o pregão desta quinta-feira (4) em alta e renovou a máxima histórica ao alcançar os 163 mil pontos, com avanço de 1,25%, enquanto investidores no Brasil repercutiam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2025. No cenário externo, o foco permanecia nas expectativas sobre um possível corte na taxa de juros dos Estados Unidos.

O Produto Interno Bruto brasileiro avançou 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado ligeiramente abaixo das projeções do mercado. A mediana das estimativas apontava crescimento de 0,2% na comparação trimestral e de 1,7% frente ao mesmo período do ano passado.

A Despesa de Consumo das Famílias registrou variação positiva de 0,1%, enquanto a Despesa de Consumo do Governo teve avanço de 1,3%. A Formação Bruta de Capital Fixo, que reflete investimentos em máquinas, equipamentos e construção, subiu 0,9% frente ao trimestre anterior, desempenho mais fraco desde o quarto trimestre de 2024 e o menor resultado para um terceiro trimestre desde 2016.

Por volta das 10h30, apenas um papel operava no campo negativo no Ibovespa: a Petz (PETZ3), que caía 0,61%, cotada a 4,85 reais. Os grandes bancos abriram o dia em alta, com o Santander (SANB11) avançando 1,46%, seguido pelo Bradesco (BBDC4), com ganho de 0,89%. O Itaú (ITUB4) subia 0,40% e o Banco do Brasil (BBAS3) avançava 0,36%. As siderúrgicas também registravam valorização, com a Gerdau (GGBR4) subindo 0,51%, enquanto Usiminas (USIM5) e Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) avançavam 0,44%.

No exterior, os mercados eram guiados pelas apostas de que um corte de juros nos Estados Unidos na próxima semana dará suporte à maior economia do mundo, após uma sequência de indicadores apontar desaceleração no mercado de trabalho. Os juros futuros precificam uma probabilidade implícita de 89% para um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do banco central norte-americano, marcada para 10 de dezembro, acima dos 83,4% registrados há uma semana, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Para Bruno Yamashita, analista de Alocação e Inteligência da Avenue, o momento exige atenção redobrada aos dados do emprego no setor privado: “O mercado está atento à situação do mercado de trabalho privado que vem demonstrando desaceleração e também com notícias da Challenger, empresa que compila os dados das demissões das grandes empresas. Segundo os últimos dados, os desligamentos estão aumentando em níveis que não víamos há muitos anos”.

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