O governo do presidente Lula  encerrou 2024 com uma diminuição de 1,2% no número de beneficiários do Bolsa Família em relação ao ano anterior, refletindo uma redução total de 3,7% desde o início de seu mandato. Desde 2023, integrantes do governo afirmam que o programa está passando por um “pente-fino” para revisar a elegibilidade dos beneficiários. No entanto, os dados indicam que essa revisão ainda não foi efetiva. O Ministério da Fazenda, que planeja mais cortes para equilibrar as contas públicas, deve intensificar sua fiscalização. Apesar de a quantidade de famílias atendidas ter aumentado, o valor médio do benefício cresceu significativamente, passando de R$ 191 em dezembro de 2020 para R$ 676 no final de 2024, o que aumentou o custo total do programa para aproximadamente R$ 170 bilhões por ano. Com a redução do número de beneficiários de volta aos níveis de dezembro de 2018, seria possível economizar R$ 54 bilhões anuais, o suficiente para eliminar o déficit primário estimado em R$ 42 bilhões para 2024. O governo busca cortar cerca de R$ 2 bilhões por ano até 2026, reduzindo aproximadamente 246 mil famílias do programa, além de não incluir novas beneficiárias. A ascensão dos beneficiários do Bolsa Família ocorreu intensamente durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, que viu uma elevação de 14,1 milhões para 21,6 milhões de famílias em seu governo.

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Last Update: 12/01/2025