Marcio Pochmann, presidente do IBGE. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, foi ao X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (3), falar sobre os críticos ao Bolsa Família e como os supostos especialistas usam a distorção de informações usando dados descontextualizados. “Em plena Era Digital, a velocidade com que ocorre a massificação das informações é muito superior à capacidade de absorção consciente do público em geral”, escreveu.

Na publicação, Pochmann também apontou que, segundo o IBGE, apenas “1 a cada 4 brasileiros possui algum letramento digital”, o que facilita o engano: “Um bom exemplo disso pode ser obtido da leitura abaixo, cujos dados de realidade expõem a inverdade proclamada por negacionistas da ciência”.

Em geral, a maior crítica ao programa de redistribuição de renda é o clássico de que as pessoas “deixam de trabalhar para viver de Bolsa Família”.

Desmontando essa narrativa, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o benefício não reduz a população ocupada, pelo contrário, contribui para a criação de empregos. Além disso, aumenta o salário dos trabalhadores, uma vez que a renda mínima dificulta a oferta de subempregos.

“Proporção de pessoas ocupadas em domicílios com algum beneficiário do Bolsa Família subiu a 46,8% em 2023, após alta no valor do benefício”, exemplificou Pochmann.

Além disso, outros dados recentes mostram outros fatores a favor do programa. Um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que, das mais de 3,4 milhões de contratações realizadas entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, 91,49% foram para inscritos no CadÚnico (o equivalente a cerca de 3,1 milhões) e 71,11% (ou aproximadamente 2,4 milhões) para beneficiários do Bolsa Família.

Já outro estudo, publicado na revista Nature Medicine, mostra que o Bolsa Família reduziu os casos de tuberculose em 60% e a mortalidade pela doença em 70% entre 2004 e 2015.

Apesar dos ataques neoliberais, os brasileiros ainda defendem o Bolsa Família, independente da ideologia. Segundo o Datafolha, 71% dos entrevistados defendem a expansão dos programas sociais, enquanto 16% acreditam que deveriam ser reduzidos e 10% preferem sua extinção.

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Last Update: 03/01/2025