Demitido da Globo após 26 anos por “descumprir normas éticas do Jornalismo” da emissora, conforme comunicado oficial, Rodrigo Bocardi enfrentou um escândalo em fevereiro de 2018 quando um vídeo atribuído a ele vazou na internet.
Na gravação, um homem seminu aparecia em uma situação erótica, exibindo-se para a câmera em uma transmissão via Skype. O material rapidamente viralizou, tornando-se manchete na imprensa e levando o nome do jornalista aos Trending Topics do Twitter, atual X.
Bocardi, no entanto, não se pronunciou sobre o caso. Na época, jornais noticiaram que ele acionou advogados para tomar medidas judiciais contra o responsável pelo vídeo, alegando que se tratava de uma montagem feita para constrangê-lo.
Sete meses após a polêmica, entrou em vigor no Brasil a Lei 13.718/18, que criminalizou a divulgação de cenas de sexo, nudez ou pornografia, com penas que variam de 1 a 5 anos de reclusão.
A demissão
Recentemente, novas informações divulgadas pelo F5, da Folha de S.Paulo, apontam que a demissão de Bocardi ocorreu porque ele teria prestado serviços de comunicação para uma empresa que atende contas públicas, incluindo prefeituras da Grande São Paulo.
Além disso, o jornalista também teria oferecido “media training” a políticos e empresários para prepará-los para entrevistas na própria Globo, além de ser suspeito de vazar informações internas da emissora.
Essas atividades violariam o código de ética da Globo, que proíbe seus jornalistas de exercerem trabalhos paralelos que possam gerar conflito de interesses. Desde 2015, a emissora reforça essas normas por meio do departamento de compliance, responsável por fiscalizar a conduta de seus funcionários.
Outra hipótese, divulgada pelo portal Léo Dias, indicava que a demissão de Bocardi poderia estar relacionada à comemoração de um aniversário em que ele reuniu políticos na casa do prefeito recém-eleito de Mongaguá (SP), Paulo Wiazowski Filho (PP), conhecido como Paulinho. O evento teria gerado repercussão negativa e contribuído para sua saída da emissora.