O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) viveu um primeiro semestre de 2025 de ótimos resultados. Em apenas seis meses, a instituição aprovou R$ 129,6 bilhões em crédito e garantias, um crescimento de 56% em relação ao mesmo período de 2024 e de 285% frente a 2022. Desse total, R$ 72,8 bilhões foram liberados em crédito direto e R$ 56,8 bilhões em garantias. O resultado veio acompanhado de um lucro líquido de R$ 13,3 bilhões, o segundo maior de todo o sistema financeiro nacional, atrás apenas do Itaú, consolidando o banco público como peça central no financiamento da economia.

Setores estratégicos em alta

O destaque ficou com a indústria, que teve R$ 18,1 bilhões em aprovações, uma alta de 24% sobre 2024 e de 220% em relação a 2022. A agropecuária recebeu R$ 17 bilhões, avanço de 20% no comparativo anual e de 262% frente a 2022

O comércio e os serviços registraram R$ 13,5 bilhões em crédito, 18% a mais que no ano passado, enquanto a infraestrutura movimentou R$ 24,2 bilhões, um leve recuo de 8% frente a 2024, mas ainda assim um crescimento expressivo de 53% quando comparado a 2022.

As micro, pequenas e médias empresas também tiveram protagonismo neste semestre, com apoio total de R$ 88,8 bilhões em crédito e garantias, uma expansão de 92% em relação a 2024. Os desembolsos chegaram a R$ 54,6 bilhões, 11% a mais que ano passado, enquanto as consultas a novos projetos alcançaram R$ 133,2 bilhões, crescimento de 7% no ano e de 164% sobre 2022. 

Esses números mostram a dimensão do impulso que o BNDES vem dando à atividade econômica e, em especial, ao processo de reindustrialização, motor da geração de empregos e da inovação.

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Solidez financeira

Do ponto de vista financeiro, os resultados também impressionam. Além do lucro líquido de R$ 13,3 bilhões, praticamente estável em relação ao ano anterior, o lucro recorrente foi de R$ 7,3 bilhões, com alta de 2%. Os ativos totais do banco chegaram a R$ 888 bilhões até junho, um salto de R$ 204,2 bilhões desde 2022, o equivalente a 30% de crescimento em dois anos e meio. 

A taxa de inadimplência segue em patamares mínimos: apenas 0,03%, contra uma média de 3,55% no sistema financeiro nacional. O índice revela a solidez da carteira de crédito da instituição.

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Papel estratégico e apoio emergencial

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, fez questão de sublinhar o papel estratégico da instituição. “Quero registrar isso para que se preserve as instituições de excelência do Estado brasileiro. Elas trazem retorno para o crescimento, emprego, inovação, descarbonização, reindustrialização do país e para o enfrentamento da crise climática”, afirmou. 

Ele também destacou o apoio emergencial às corporações atingidas pela sobretaxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos: “Nós estamos concluindo todo o programa de crédito emergencial para socorro às empresas que foram impactadas pelo tarifaço”. A medida faz parte do Plano Brasil Soberano e prevê R$ 30 bilhões em crédito via Fundo de Garantia à Exportação. Segundo Mercadante, o modelo será semelhante ao usado no socorro ao Rio Grande do Sul em 2024, e o anúncio oficial das linhas de crédito deve ocorrer em breve.

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Retorno ao protagonismo

O BNDES retornou ao centro do desenvolvimento nacional. A instituição combina rentabilidade elevada, crédito recorde e capacidade de resposta em situações de crise, tornando-se cada vez mais forte e alinhado à estratégia de reindustrialização do governo Lula

Os resultados do primeiro semestre de 2025 deixam evidente que o país voltou a contar com um banco público capaz de mover a roda da economia, projetando um futuro de desenvolvimento com emprego, inovação e sustentabilidade.

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Da Redação

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Last Update: 22/08/2025