A população da Faixa de Gaza enfrenta escassez generalizada de alimentos, medicamentos e combustíveis, segundo informações divulgadas neste sábado, 9, pela emissora Al Jazeera.

De acordo com o levantamento, cerca de 2,3 milhões de pessoas estão em situação de necessidade extrema, afetadas pela suspensão das entregas humanitárias à região.

A emissora atribui a situação ao bloqueio imposto por Israel, que interrompeu a entrada de suprimentos essenciais em território palestino.

O corte no fornecimento de combustível foi apontado como um dos principais agravantes da crise, afetando diretamente a geração de energia e dificultando o aquecimento de residências.

Segundo a Al Jazeera, não houve qualquer entrega de combustível a Gaza nos últimos sete dias. A ausência desse recurso compromete o funcionamento de hospitais, unidades de abastecimento de água e outras estruturas consideradas essenciais para a sobrevivência da população local.

Com a interrupção das remessas humanitárias e sem acesso a materiais de construção, moradores da região têm utilizado escombros e detritos para improvisar abrigos.

“Eles buscam qualquer material disponível nos destroços”, informou a emissora, ao relatar as condições enfrentadas pelos civis.

A crise humanitária tem se agravado nos últimos meses, com aumento da intensidade dos ataques e bloqueios sobre o território.

Organizações internacionais alertam para o risco de colapso nos sistemas de assistência médica e abastecimento alimentar. Relatórios recentes apontam destruição de hospitais, restrição no funcionamento de unidades de saúde e escassez de medicamentos.

Entidades de ajuda humanitária indicam que a obstrução das rotas de entrega dificulta a mobilização de recursos emergenciais. Caminhões com suprimentos permanecem retidos em fronteiras, enquanto aumentam os relatos de desnutrição e falta de atendimento médico em diversas áreas do enclave.

As consequências do bloqueio têm alcançado diferentes setores da infraestrutura local. Sem combustível, as redes de distribuição de água operam com limitações, comprometendo o acesso da população a fontes seguras de consumo.

O mesmo ocorre com os sistemas de saneamento e refrigeração de medicamentos, que dependem de energia elétrica para funcionamento contínuo.

A Al Jazeera destaca que a situação atinge principalmente famílias deslocadas e comunidades em áreas atingidas por bombardeios recentes.

Sem alternativas de abrigo e com suprimentos escassos, parte da população passou a erguer estruturas temporárias com materiais recuperados entre os escombros. O número de desabrigados aumenta, assim como as dificuldades para o atendimento de demandas básicas.

Organismos multilaterais alertam que, mantidas as atuais restrições, o cenário pode evoluir para um quadro de fome em larga escala.

Relatórios preliminares de agências humanitárias apontam deterioração nas condições nutricionais da população e aumento de casos de doenças relacionadas à falta de saneamento e cuidados médicos.

A emissora também relata que a interrupção do acesso a medicamentos tem impacto direto sobre pacientes com doenças crônicas, gestantes, crianças e feridos nos confrontos mais recentes. A capacidade operacional dos hospitais remanescentes é limitada, com escassez de insumos, profissionais e equipamentos.

O bloqueio humanitário tem sido objeto de apelos por parte de organizações internacionais. Entidades pedem a abertura de corredores seguros para entrega de ajuda e a adoção de medidas emergenciais que garantam acesso a itens básicos de sobrevivência. Até o momento, não houve indicação de flexibilização por parte das autoridades israelenses.

Representantes de organismos internacionais reiteram que a continuidade das restrições compromete os esforços para atendimento humanitário. A ausência de garantias de segurança para agentes de assistência e para os carregamentos agrava o cenário e dificulta a resposta a necessidades emergenciais.

A Al Jazeera também menciona a ausência de recursos financeiros destinados à reconstrução de áreas atingidas. A falta de financiamento e insumos limita a recuperação de estruturas destruídas e compromete a retomada de serviços públicos essenciais.

A situação da Faixa de Gaza permanece sob monitoramento de diferentes agências da Organização das Nações Unidas e de organizações não governamentais. Até o momento, não há perspectiva de solução para o bloqueio ou para a normalização da entrega de suprimentos.

A crise humanitária na região segue sendo tema de discussões em fóruns internacionais, com destaque para a demanda por ações imediatas que garantam o fluxo de ajuda à população afetada.

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Last Update: 10/03/2025