Nessa segunda-feira (28), foi decretada uma sentença contra o blogueiro Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, pela juíza Patrícia Padilha, da 3ª Vara Criminal do Fórum da Comarca de Guarulhos. Torres foi condenado por difamação e injúria, após ser processado criminalmente pelo ex-prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, o Guti (PSD), por criticar sua gestão.
Através de seus perfis nas redes sociais, o próprio blogueiro denunciou o caso, afirmando que se trata claramente de “censura e perseguição política”. Sua punição foi de dez meses e quinze dias de prisão em regime aberto, ou prestação de serviços comunitários, além de multas, indenizações (R$15 mil, mais R$3 mil de multa) e custos do processo (R$2 mil), que somam cerca de R$20 mil.
“Em 2021, o então prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), fechou a empresa Proguaru, onde minha mãe era faxineira. Ela e outros 5 mil trabalhadores foram demitidos a uma semana do Natal e em plena pandemia, e eu protestei contra isso junto deles. Por críticas que fiz à gestão do prefeito, ele me processou criminalmente por calúnia e injúria, e agora saiu a sentença da juíza Patrícia Padilha, me condenando por difamação e injúria (ou seja, ela me condenou por algo que eu nem tinha sido processado)”, disse Thiago Torres em seu Instagram.
Thiago Torres foi processado por ter feito um vídeo contra o prefeito, em meio a uma onda de greves e protestos dos trabalhadores contra o fechamento da empresa. “Depois desse processo rolar pelos últimos três anos e da juíza ter colocado ele em segredo de justiça durante as eleições, impedindo que eu falasse publicamente sobre ele, agora ela me condenou”, diz o blogueiro, em vídeo publicado em sua rede social.
Em novo vídeo publicado em seu canal nessa terça-feira (29), Torres aponta que a sentença teria saído ainda em fevereiro, mas ele só conseguiu quebrar o segredo de justiça do caso no dia anterior. O blogueiro afirma que já atingiu a meta da vaquinha para pagar os custos da condenação. “Essa condenação foi em primeira instância e já estamos recorrendo na segunda instância”.
Uma vez mais, o Judiciário ataca diretamente os direitos democráticos da população. É uma ditadura, na qual um cidadão faz uma crítica a uma pessoa pública e acaba sendo condenado. A defesa, por parte da esquerda identitária, do aumento de penas, multas, cancelamento, boicote, censura, entre outros, contra aqueles que falam ou escrevem besteiras na Internet leva a esse tipo de resultado.
Como vem sendo denunciado por este Diário, quando a esquerda identitária apoia medidas de censura, cassação, perseguição, seja contra quem for (direita, esquerda, ou extrema-direita etc.), está dando poderes para um Judiciário totalmente direitista, que age arbitrariamente contra a população.
O próprio Thiago Torres defende esta política, na medida em que é a favor da campanha “sem anistia”, que nada mais é que uma campanha em defesa das arbitrariedades do STF contra perseguidos políticos. Como já denunciado em diversas oportunidades, pau que dá em Chico também dá em Francisco.