O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou nesta terça-feira 16 seu primeiro ato de campanha após a tentativa de assassinato do seu rival republicano Donald Trump, a quem criticou por seu histórico e comentários, ao mesmo tempo em que pediu calma ao país.
Em encontro organizado em Las Vegas (oeste) pela NAACP, a principal associação de direitos civis dos Estados Unidos, o líder democrata, de 81 anos, clamou pela redução da temperatura no país, que está em suspense após o ataque de sábado contra Trump.
Biden também pediu a proibição do tipo de arma utilizada para tentar assassinar o recém-nomeado candidato presidencial republicano, que ficou ferido na orelha direita.
“Me ajudem a livrar as ruas dos Estados Unidos dessas armas de guerra. Nos disparos contra Donald Trump foi utilizado um AR-15… É hora de se desfazer delas”, instou o presidente.
Biden disse que estava “aliviado” por seu rival no pleito de novembro estar bem após a tentativa de assassinato, ocorrida durante um comício na Pensilvânia.
No entanto, Biden criticou a trajetória do ex-presidente como um “inferno para os afro-americanos”, um eleitorado do qual busca apoio para defender sua candidatura vacilante.
Ele também criticou a referência de Trump aos “empregos dos negros” durante seu debate no final de junho, no qual o presidente teve uma atuação desastrosa, com dificuldade para se expressar com clareza.
A viagem acontece em um ambiente tenso entre os democratas, em meio aos planos do partido de antecipar a nomeação de Biden como candidato oficial antes de sua convenção nacional marcada para agosto.
Alguns, preocupados com a saúde de Biden e sua capacidade para conseguir um novo mandato, pedem que a convenção seja adiada.
O presidente reconheceu seu mau desempenho no debate com Trump em junho, mas o atribuiu ao cansaço por uma sequência de viagens e a um resfriado.
Em entrevista à emissora NBC, fez um esforço para parecer combativo.
“Estou velho”, reconheceu, “mas sou apenas três anos mais velho do que Trump. E minha acuidade mental é muito boa”, frisou.
Também defendeu sua retórica contra o ex-presidente.
Biden reconheceu ter cometido um “erro” ao pedir que Donald Trump fosse colocado “no centro do alvo” em um evento com doadores, dias antes do atentado.