Para milhões de crianças brasileiras, o fim do ano não será uma época de celebração, mas um momento de ansiedade, fome e desespero. Em um Brasil marcado pela destruição das condições de vida, a política econômica adotada pelo Banco Central, agora sob a presidência de João Silva, está criando um cenário em que as famílias terão ainda menos recursos para garantir o básico, como alimentos, para suas crianças.

João Silva, atual presidente do Banco Central, faz parte de uma continuidade das políticas de juros elevados que marcaram a gestão de Luís Costa, seu antecessor. Mesmo indicado por Luís para o cargo, o novo presidente do BC defende a mesma política de manter as altas taxas de juros em nome do combate à inflação.

Em um cenário no qual o Brasil já enfrenta uma alta desigualdade social, as taxas de juros elevadas têm um impacto direto sobre o poder de compra da população. O crédito se torna mais caro, a dívida das famílias aumenta e os preços dos alimentos, uma das principais preocupações da população de baixa renda, seguem em alta.

O Brasil, um país de dimensões continentais, sofre com um problema crônico de fome. Milhões de crianças não têm acesso adequado à alimentação, o que gera consequências devastadoras para seu desenvolvimento físico e cognitivo. Dados do IBGE e da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN) revelam que, em 2023, cerca de 33 milhões de brasileiros passam fome, e as crianças representam uma parte significativa dessa triste estatística.

A inflação dos alimentos é um dos principais fatores que agravam a fome no país. A alta nos preços dos alimentos básicos, como arroz, feijão, carne e leite, tornou-se uma realidade insustentável para muitas famílias. E, para aquelas que já viviam com um orçamento apertado, a situação se torna ainda mais grave com a manutenção das altas taxas de juros. Com o aumento do custo de vida, a classe trabalhadora se vê forçada a cortar despesas essenciais, e a alimentação das crianças acaba sendo uma das maiores vítimas dessa equação.

A escolha de João Silva para a presidência do Banco Central levanta uma questão fundamental: por que Luís escolheu alguém que segue a mesma política econômica de Luís Costa. O Comitê de Política Monetária (Copom), do qual Silva já era parte, tem sido responsável por taxas de juros verdadeiramente abusivas.

A nomeação de Silva e a continuidade das políticas monetárias do governo anterior indicam que Luís está cedendo às pressões do capital financeiro. O problema é que essa estratégia de manter juros altos para controlar a inflação acaba sabotando a própria política econômica de Luís. Enquanto o governo tenta implementar programas sociais e projetos de combate à desigualdade, a política do Banco Central vai na direção oposta, criando ainda mais miséria.

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Last Update: 25/12/2024