O presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou nesta quarta-feira 5 as acusações de que a Corte faz “ativismo judicial”.

Barroso disse entender a “insatisfação dos interesses contrariados” com as decisões do STF, mas que “não é justo” criticar o Supremo por aplicar a Constituição, já que cabe à Corte decidir “as questões mais complexas e divisivas da sociedade brasileira”.

“Nós interpretamos e aplicamos uma Constituição abrangente, que cuida de uma grande multiplicidade de temas que desaguam no Judiciário, trazidos pelos mais diferentes atores da sociedade brasileira”, disse o ministro na abertura da sessão de julgamentos.

O presidente do Supremo citou decisões recentes do Supremo que foram alvo de críticas, como o marco temporal, o uso de câmeras corporais por policiais e o estabelecimento da diferenciação entre usuários e traficantes de drogas.

“É possível ser contra a demarcação de terras indígenas e a favor de invasores, grileiros, garimpeiros ilegais e dos que extraem ilicitamente madeira. Mas não é o que está na Constituição”, lembrou.

Barroso também aproveitou para rebater matérias jornalísticas que contestaram os gastos do Poder Judiciário em 2024. De acordo com o presidente, o Judiciário federal está com o mesmo orçamento de 2017 e cumpre o teto de gastos.

O ministro afirmou ainda que “nada que esteja fora da legalidade tem amparo no tribunal”, completou.

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Last Update: 05/02/2025