A crise entre Elon Musk e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atingiu um ponto ainda mais crítico. O ex-estrategista-chefe da Casa Branca, Stephen K. Bannon, aliado próximo do republicano, declarou ao The New York Times que está aconselhando o presidente a cancelar todos os contratos governamentais com as empresas de Musk e a investigar seu status migratório.
“Eles deveriam iniciar uma investigação formal sobre seu status migratório porque tenho uma forte convicção de que ele é um imigrante ilegal, e ele deveria ser deportado do país imediatamente”, afirmou Bannon.
Além disso, o ex-assessor sugeriu que a administração Trump investigue o uso de drogas por Musk e sua tentativa de obter uma reunião confidencial sobre a China no Pentágono.
As declarações de Bannon ocorrem em meio a uma disputa pública cada vez mais acirrada. Musk criticou duramente um projeto de lei fiscal de Trump, chamando-o de “abominação repugnante” e alertando que aumentaria o déficit nacional. Em resposta, o presidente ameaçou rescindir contratos governamentais com a Tesla, a SpaceX e outras empresas do bilionário.
A escalada do conflito levou Musk a sugerir, em uma postagem na plataforma X, que Trump deveria ser substituído pelo senador J.D. Vance. O impacto foi imediato: as ações da Tesla caíram 14,3%, reduzindo o valor de mercado da empresa para US$ 888 bilhões. Segundo a Forbes, a fortuna do sul-africano foi reduzida em aproximadamente R$ 144 bilhões.
O conflito atingiu um novo nível quando Musk insinuou que Trump estaria envolvido no escândalo de Jeffrey Epstein, o financista acusado de tráfico sexual de menores. “Hora de soltar a bomba de verdade”, escreveu Musk no X. “Donald Trump está nos arquivos Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual o documento não foi tornado público”.
Trump respondeu em sua plataforma, Truth Social, afirmando que Musk teria “enlouquecido” após deixar o governo. “Elon estava se ‘desgastando’, pedi que fosse embora”, escreveu o presidente, acrescentando que a forma mais fácil de economizar bilhões seria cortar subsídios às empresas do bilionário.
