Banco Central não vai sustentar o dólar, afirma Galípolo

O futuro presidente do Banco Central e atual diretor de política monetária da autarquia, Gabriel Galípolo, indicou que o Banco Central não deve intervir no dólar, que enfrenta uma onda de alta desde a semana passada.

“É uma discussão que às vezes vai surgir, de que o país tem reservas significativas, por que não segura no peito? Quem está no mercado e está assistindo sabe que não é assim que funciona”, disse em um evento promovido pela XP Investimentos.

O diretor afirmou que existe a possibilidade de uma atuação do BC no câmbio apenas no final do ano, devido a um movimento sazonal de envio de dividendos para fora do País. A moeda norte-americana alcançou a marca inédita de 6 reais na última semana.

Galípolo indicou que a autarquia deve manter a Selic, a taxa básica de juros, elevada por mais tempo. “A economia está mais dinâmica, com desemprego em mínimos históricos e o real desvalorizado. Isso indica a necessidade de uma política monetária mais restritiva por mais tempo”, afirmou.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária, o BC decidiu elevar a taxa de 10,75% para 11,25%. Isso coloca o Brasil com a terceira maior taxa real de juros do mundo.

Segundo um cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a nova alta representa um impacto adicional de pelo menos 26 bilhões de reais para a União.

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