
Nesta quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 14,75% para 15% ao ano, marcando o maior nível desde julho de 2006. A decisão representa a sétima alta consecutiva desde setembro de 2024.
O Copom afirmou que a medida é “compatível com a convergência da inflação para a meta” e sinalizou que poderá interromper o ciclo de alta na próxima reunião, prevista para o fim de julho. A interrupção, no entanto, será condicionada à avaliação dos efeitos das elevações já implementadas.
“O Copom decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 15,00% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”, disse a instituição.
A decisão dividiu opiniões.
Em pesquisa feita pelo Valor Pro com 126 instituições, apenas 48 esperavam esse novo avanço. O BC destacou que, embora a inflação de maio tenha surpreendido positivamente, o índice acumulado de 12 meses continua elevado e as expectativas ainda estão distantes do objetivo fixado para os próximos anos.
No comunicado, a autoridade monetária ressaltou que “os dados de atividade e mercado de trabalho mostram moderação no crescimento”, mas evitou sinalizações firmes sobre um corte de juros no curto prazo.
Gabriel Galípolo, presidente do BC, declarou que a condução da política monetária ainda exige “flexibilidade e avaliação constante dos dados econômicos”.
“Estamos ainda discutindo o ciclo de alta, o que vamos tomar de decisão. A flexibilidade significa que nós estamos abertos a chegar na próxima reunião para tomar essa decisão sobre o que fazer”, disse.
