A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 10,5% ao ano, foi tomada de forma unânime e fundamentada na necessidade de conter pressões inflacionárias futuras.
A manutenção da Selic se baseia na previsão de uma possível aceleração da inflação e na recente desvalorização do Real frente ao dólar, apesar das expectativas de setores que demandam uma redução mais agressiva da taxa para estimular a economia.
Dirigentes do movimento sindical contestam a manutenção das altas taxas de juros e argumentam que a política monetária atual inviabiliza o desenvolvimento nacional e é orientada pelos interesses menores de banqueiros e rentistas.
“As taxas de juros altas beneficiam apenas os grandes bancos e rentistas. O Brasil tem a segunda maior taxa de juros reais do mundo e isso não é naturalizado, é um absurdo que só responde a uma razão: enriquecer um grupo restrito de parasitas que nada produzem e vivem embolsando juros, em detrimento dos investimentos públicos e do crescimento econômico. A luta pela redução dos juros no Brasil é fundamental”, disse o presidente da CTB.
A última alteração na Selic ocorreu na reunião de maio, quando o Copom decidiu por uma redução de 0,25 ponto percentual. Anteriormente, desde agosto de 2023, a política vinha sendo de cortes mais agressivos, com reduções de 0,50% a cada encontro, impulsionada pela pressão de diversos setores da sociedade.