Dados divulgados nesta quarta-feira 30 pelo Banco Central mostram que o setor público teve superávit primário de 3,6 bilhões de reais em março deste ano, o que levou a uma redução da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que engloba o Governo Federal, os governos estaduais e municipais e o Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS.
Segundo o BC, o Governo Central e as estatais registraram déficits combinados de aproximadamente 2,9 bilhões de reais. Entretanto, os governos regionais tiveram superávit de 6,5 bilhões, o que leva ao superávit de 3,6 bilhões – um resultado melhor que o de março de 2024, quando o superávit foi de 1,2 bilhão de reais.
O resultado de março de 2025, o melhor para o terceiro mês do ano desde 2022, leva a dívida pública à soma de 9,1 trilhões de reais, ou 75,9% do Produto Interno Bruto (PIB). A redução é de 0,2 pontos percentuais em comparação à relação entre dívida e PIB no mês anterior.
Nos últimos 12 meses, o setor público consolidado tem déficit de 13,5 bilhões, o que corresponde a 0,11% do PIB.
O BC destaca aumento da arrecadação em termos reais (ou seja, acima da inflação). Além disso, a demora na aprovação do Orçamento de 2025, o que só aconteceu em março, fez com que houvesse contenção de despesas.
O cálculo primário, porém, não leva em conta o pagamento dos juros da dívida pública. Os juros nominais somaram 75,2 bilhões de reais em março, ante 64,2 bilhões registrados em março de 2024. Em 12 meses são 935 bilhões em juros, o equivalente a 7,8% do Produto Interno Bruto.