Diferentemente da atividade do ano passado, que aconteceu no dia 22 de abril, a Marcha da Classe Trabalhadora, realizada na Capital Federal, desta vez ocorreu no dia 29 de abril, ou seja, dois dias antes do Dia de Luta dos Trabalhadores, 1º de Maio.

A atividade, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), por outras centrais sindicais e movimentos sociais, reuniu milhares de trabalhadores vindos de várias partes do Brasil. Teve como objetivo levar as principais reivindicações da classe trabalhadora aos representantes dos três poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário), tais como: a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário; a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil por mês; e a taxação dos super-ricos. Além dessas pautas, foram incorporadas outras reivindicações da classe trabalhadora, como a revogação das reformas trabalhista e da Previdência, a geração de empregos formais e a ampliação de direitos trabalhistas.

A concentração da marcha teve início pela manhã, com uma plenária na Praça da Cidadania, próxima ao estacionamento do Teatro Nacional. Em seguida, aconteceu a marcha propriamente dita pela Esplanada dos Ministérios, com destino à Praça dos Três Poderes, para a entrega das minutas.

A categoria bancária esteve presente na manifestação com delegações vindas de diversos estados da federação. O Sindicato dos Bancários de Brasília, além de marcar presença com toda a sua diretoria, trabalhadores do sindicato e da base da categoria, teve papel de extrema importância na mobilização e colaboração para que outras categorias e movimentos estivessem presentes nessa importante atividade dos trabalhadores.

No dia anterior à marcha, a direção do Sindicato dos Bancários de Brasília organizou, em sua sede, um seminário ampliado do Comando Nacional dos Bancários, com o objetivo de debater os temas pertinentes à categoria e seus impactos na organização sindical e nas lutas da classe.

Nesse sentido, a Marcha da Classe Trabalhadora, realizada no dia 29, deve ser o pontapé inicial para ampliar a mobilização dos trabalhadores da cidade e do campo, da juventude e dos movimentos sociais, pelo atendimento de suas reivindicações. Para isso, é necessário, a fim de elevar o nível de mobilização e organização da classe trabalhadora, superar a política de conciliação com setores pelegos do movimento sindical, como a “central sindical” financiada pelos patrões — a exemplo da Força Sindical — e a política de aplausos ao governo, adotada pela maioria da esquerda e das direções sindicais.

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Last Update: 01/05/2025