Para a categoria bancária, que se prepara para a próxima campanha salarial, cujo Acordo Coletivo de Trabalho termina no último dia do mês de agosto, uma das questões mais críticas da luta pelo atendimento das suas reivindicações é a questão do emprego.
A política dos banqueiros, que anualmente implementa reestruturações com demissões em massa dos trabalhadores bancários, precisa ser combatida e cessada imediatamente nessa campanha salarial de 2024.
De acordo com o Novo Caged, os dados sobre a movimentação do emprego no País são alarmantes. No acumulado dos últimos 12 meses, foram fechados definitivamente 3.325 postos de serviços bancários, o que significa mais de 3 mil demissões e eliminação de vagas bancárias.
No entanto, os ataques não param por aí; os dados do Caged revelam que o número de demissões é muito maior. No total de desligamentos nos últimos 12 meses foram 41.970, o que significa que dezenas de milhares de pais de família foram jogados no olho da rua por conta dessa política. Além disso, foram admitidos 38.645 novos trabalhadores, o que perfaz a diferença dos 3.325 fechamentos definitivos de vagas.
Além disso, uma das questões que deve chamar a atenção dos bancários é que, enquanto estão demitindo em massa os bancários e eliminando postos de serviços, estão contratando trabalhadores terceirizados em grande número. Os mesmos dados do Caged apontam que nos últimos 12 meses foram criados 24 mil postos de trabalho no Ramo Financeiro.
A grande tarefa nesta campanha salarial é unificar os trabalhadores contratados e terceirizados, impedindo a divisão da categoria e o enfraquecimento da sua organização sindical de luta. É preciso fazer com que cada trabalhador compreenda que o rebaixamento dos terceirizados é um esquema patronal para atacar o trabalhador efetivo.
Além disso, diante da ofensiva dos banqueiros, a luta pela estabilidade no emprego deve ser uma reivindicação fundamental para a categoria bancária nesta campanha salarial. Uma das principais bandeiras a serem levantadas pelos bancários.