Algumas categorias de trabalhadores estão mobilizados e em luta em Salvador e no Estado da Bahia. Trata-se dos servidores e professores do município de Salvador e servidores do judiciário baiano.
As categorias enfrentam a intransigência, ameaças e perseguições de governos e do Poder Judiciário, que tem decretado a ilegalidade de greves e multas contra sindicatos, objetivando forçar as categorias a retornarem às atividades.
Não atendem às reivindicações das categorias, impõem sua vontades aos servidores, ameaçam cortar pontos e remunerações e acionam o judiciário com pedido de ilegalidade das greves. Trata-se de um verdadeiro acinte contra servidores e professores.
Os servidores do Poder Judiciário (BA) estão em greve desde 12 de maio, pela imediata votação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), realizando atos e manifestações no Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa (BA). Já os servidores do município de Salvador deflagaram greve em 27 de maio, reivindicado reajuste salarial e auxílio alimentação.
No caso da categoria de professores de Salvador, a greve começou em 6 de maio e já dura mais de trinta dias. A categoria defende o cumprimento do piso nacional, defasado segundo o sindicato da categoria em 58%, melhores condições de trabalho e valorização salarial. O prefeito Bruno Reis (União Brasil) e sua base parlamentar na Câmara impôs um índice abaixo do reivindicado, reprimiu o ato e continua a atacar o movimento. O TJ-BA decretou a ilegalidade da greve e impôs multa, mas a categoria continua firme, unida e mobilizada, dando continuidade da greve, com atos e manifestações.

Trabalhadores do judiciário estadual em greve | Foto: Sinpojud
Rechaçamos ameaças/perseguições aos grevistas e a parlamentares!
Por conta da força da greve de professores, da continuidade do movimento e da ocupação da Câmara de Vereadores de Salvador no dia da votação da lei com os reajustes impostos pela prefeitura, os professores e servidores foram brutalmente reprimidos dentro e fora da Câmara pela Polícia Militar, com prisão de liderança, ameaças e perseguições, inclusive contra parlamentares que apoiam o movimento grevista, como é o caso do vereador Hamilton Assis e do deputado Hilton Coelho, ambos do PSOL. Vereadores de direita da base do prefeito chegaram, inclusive, a impetrar um pedido de cassação do mandato do deputado do PSOL na Assembleia Legislativa.
O PSTU se solidariza com as categorias em greve e repudia toda ameaça e perseguições contra grevistas e parlamentares solidários à luta de trabalhadores e trabalhadoras.
— Que os governos Bruno Reis (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT) atendam imediatamente às reivindicações das categorias de servidores!
— Rechaçamos as ameaças e perseguições aos grevistas!
— Basta de perseguições e ameaças aos parlamentares Hilton e Hamilton (PSOL)!