Um avião da Air India que partiu de Ahmedabad com destino a Londres emitiu o alerta “Mayday” pouco antes de perder contato com a torre de controle e cair em uma região próxima ao aeroporto local. Havia 242 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.
A decolagem ocorreu no início da tarde, horário local (início da manhã em Brasília). O voo, com destino ao aeroporto de Gatwick, transmitiu o alerta “Mayday” um instante antes do rádio silenciar. Autoridades indianas de aviação informaram que a comunicação foi interrompida antes que o protocolo de repetição, normalmente de três vezes, pudesse ser cumprido.
No total, estavam no avião 232 passageiros e 10 tripulantes. Entre os passageiros, havia 169 indianose 53 britânicos, além de sete portugueses e um canadense, conforme dados oficiais da Air India e reportagem da Reuters. O veículo India Today também registrou a presença de um ex-ministro da região de Gujarat entre os ocupantes.
O acidente ocorreu segundos após a decolagem, quando a aeronave despencou em uma área próxima a residências vizinhas ao aeródromo. Equipes de resgate compareceram ao local imediatamente após o impacto. As operações de pouso e decolagem no aeroporto de Ahmedabad foram suspensas enquanto as autoridades realizam as primeiras averiguações.
Vítimas com ferimentos graves foram encaminhadas a hospitais da região. A Air India informou que acompanha o estado de saúde dos sobreviventes e mantém contato com familiares. A companhia afirmou também que está colaborando com as autoridades indianas para apurar as causas do incidente.
O alerta “Mayday” é um código internacional de rádio utilizado para indicar situação de perigo grave e iminente. Especialistas em comunicação aeronáutica explicam que, em condições normais, o termo deve ser repetido três vezes de forma consecutiva, o que não ocorreu neste caso. Há indícios de que a comunicação foi interrompida de forma abrupta, possivelmente em razão da perda de controle da aeronave.
Autoridades aeronáuticas e peritos técnicos devem avaliar registros de voz e dados de voo para identificar falhas que possam ter contribuído para o acidente. Entre os pontos a serem analisados estão o funcionamento de sistemas de bordo, eventuais condições climáticas adversas e procedimentos de manutenção realizados antes do voo.
O impacto do avião causou estragos em uma área próxima aos limites da pista. Moradores relataram ouvir um estrondo e viram grandes volumes de fumaça subir logo após o acidente. Equipes de emergência isolaram a região para facilitar o trabalho de salvamento e para preservar evidências que possam esclarecer o que levou à queda.
O número expressivo de passageiros estrangeiros no voo gerou atenção de embaixadas e consulados. Representantes do Reino Unido, de Portugal e do Canadá foram acionados para prestar assistência consular e para acompanhar a situação dos cidadãos envolvidos.
As investigações preliminares seguem sob coordenação da Junta de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia, com apoio de peritos internacionais, a pedido dos países de origem de parte dos passageiros. A expectativa é de que o relatório inicial seja divulgado em até 30 dias, conforme procedimentos padrão adotados pela aviação civil.
Enquanto isso, o aeroporto de Ahmedabad mantém restrições parciais, com voos redirecionados para aeroportos vizinhos. Passageiros com itinerários vinculados ao local estão sendo reacomodados ou realocados em outros horários e linhas aéreas.
O incidente reacende discussões sobre protocolos de segurança em voos de longa distância e sobre os sistemas de alerta de emergência a bordo. No momento, a prioridade das autoridades é concluir o trabalho de busca e salvamento e oferecer apoio às famílias das vítimas.
Com informações da Reuters