Mais um dado divulgado nesta sexta-feira (30) evidencia o desencontro proposital entre o discurso negativo do mercado financeiro e da direita e a realidade concreta do país. O PIB brasileiro avançou 1,4% desde o quarto trimestre de 2024 até o primeiro trimestre deste ano. O percentual é maior do que o obtido pelos EUA, a União Europeia e o G7 e coloca o Brasil na quinta posição na lista das economias que mais cresceram em um ano entre as maiores do mundo. Em 12 meses, foram 3,5% de avanço.

Em valores correntes, forem gerados R$ 3 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE.

Leia também: Consumo das famílias manteve ritmo de crescimento em abril

Frente ao primeiro trimestre de 2024, houve crescimento de 2,9% — a 17ª taxa positiva consecutiva. Quando observado o acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%.

“Mais um trimestre fazendo a roda da economia girar, com mais emprego e renda para os brasileiros”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelas redes sociais, sobre o resultado.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também celebrou a conquista: “presidente Lula, governar é escolher e o senhor escolheu as pessoas. Os resultados estão aí: PIB aumentando, emprego de qualidade para os cidadãos e aumento da renda para os brasileiros”.

Destaque mundial

Na comparação com dados globais, esse avanço coloca o Brasil em posição privilegiada entre os países que mais cresceram nos três primeiros meses de 2025.

Nesse ranking, o Brasil está em terceiro, atrás apenas da China, que teve sua atividade econômica aumentada em 5,4%, e a Irlanda, com 3,2%. A União Europeia, por sua vez, cresceu apenas 0,3%. Países como a Alemanha (0,4%), Itália (0,3%) e França (0,1%) também cresceram pouco.

Leia também: Desemprego cai; ocupações com carteira assinada e salários crescem

As nações que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tiveram, em média, um módico avanço de 0,1%.

O caso dos Estados Unidos é ainda pior: o país amargou uma retração de 0,1%, resultado direto da política desastrosa de Donald Trump. Comunicado emitido pela OCDE aponta que o “aumento nas importações de bens dos EUA, provavelmente influenciado por mudanças antecipadas nas tarifas comerciais, foi o principal obstáculo ao crescimento”.

Quando considerados os últimos 12 meses, até o primeiro trimestre de 2025, o Brasil, com crescimento de 3,9%, também fica em posição de destaque. Neste caso, perde apenas para a China (7,4%) e Cingapura (4,9%).

Setores que mais avançaram

Voltando ao cenário brasileiro aferido pelo IBGE, os setores que mais contribuíram para o avanço do PIB nesse primeiro trimestre foram o de agropecuária (12,2%) e de serviços (0,3%). A indústria, por sua vez, é considerada estável, com uma variação negativa de 0,1%.

Com peso de aproximadamente 6,5% na economia nacional, a agropecuária “está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Quando é feita a comparação com igual período do ano passado, a agropecuária apresentou alta de 10,2% e a indústria avançou 2,4%.

“Nesse contexto, a Construção (3,4%) teve a sexta alta consecutiva corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. Em seguida, a Indústria de Transformação (2,8%) foi puxada principalmente por máquinas e equipamentos, metalurgia, além de produtos químicos e farmacêuticos”, diz o levantamento do IBGE.

Também tiveram desempenho positivo as exportações de bens e serviços, com variação positiva de 2,9%, ao passo que as importações de bens e serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.

O valor adicionado dos serviços cresceu 2,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nesse setor, todas as atividades apresentaram alta, sendo informação e comunicação (6,9%) e atividades imobiliárias (2,8%) as que mais se destacaram.

No que diz respeito à demanda, a pesquisa destaca a expansão da despesa de consumo das famílias, de 1%, e a Formação Bruta de Capital Fixo, de 3,1%. O segmento de despesa de consumo do governo registrou estabilidade, com leve incremento de 0,1%.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 30/05/2025