O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol: autoridades suspendem execução de mandado de prisão contra o político. Foto: Kim Hong-Ji/AFP

As autoridades sul-coreanas decidiram suspender a tentativa de prisão do presidente destituído Yoon Suk Yeol, após enfrentarem resistência por parte das forças de segurança presidenciais. Yoon está sendo investigado por insurreição, acusado de ter decretado lei marcial no início de dezembro, medida que restringiu direitos civis e levou ao seu impeachment.

Policiais conseguiram ultrapassar a barreira de apoiadores reunidos em frente à residência de Yoon e chegaram às proximidades do palácio presidencial, onde ele permanece. Contudo, a operação foi interrompida ao encontrar resistência de agentes do serviço de segurança presidencial.

Segundo a agência Yonhap, o confronto durou mais de cinco horas, e as autoridades optaram por adiar a execução do mandado devido a preocupações com a segurança.

“Consideramos inviável cumprir o mandado de prisão diante do confronto contínuo e suspendemos a operação para garantir a segurança no local. Vamos avaliar os próximos passos após uma análise mais detalhada”, informou um representante do Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) em comunicado.

O CIO também revelou que cerca de 200 agentes do serviço de segurança presidencial, com apoio de militares de uma unidade localizada na propriedade oficial, impediram a ação. O mandado de prisão, expedido em 31 de dezembro, foi emitido após Yoon ignorar várias convocações judiciais.

Devido ao bloqueio, uma nova investigação foi aberta contra o chefe e o vice-chefe do serviço de segurança presidencial, que agora enfrentam acusações de obstrução da Justiça. Ambos foram intimados a prestar depoimento no sábado (4). O mandado de prisão contra Yoon Suk Yeol tem validade até a segunda-feira (6) e permite sua detenção por até 48 horas para interrogatórios.

Apesar de afastado do cargo, Yoon ainda é reconhecido formalmente como presidente. A decisão final sobre sua destituição está nas mãos do Tribunal Constitucional, que tem até seis meses para confirmar ou revogar a determinação do Parlamento.

Enquanto isso, o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, ocupa o cargo de presidente interino, sucedendo Han Duck-soo, que foi removido do posto há poucos dias.

Polícia e investigadores anticorrupção na chegada à residência do presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em Seul
Polícia e investigadores anticorrupção na chegada à residência do presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em Seul — Foto: JUNG Yeon-je / AFP

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Last Update: 03/01/2025