Na semana passada, fontes árabes informaram que as forças de segurança da Autoridade Palestina detonaram um artefato explosivo na região de Al-Ashrash, na cidade de Tubas, na Cisjordânia, após tê-lo confiscado anteriormente. As fontes informaram ainda que as forças de segurança da OLP confiscam todos os dias equipamentos ou artefatos explosivos plantados por combatentes ao longo dos caminhos utilizados pelos ocupantes sionistas, dentro e ao redor das cidades e vilarejos da Cisjordânia — principalmente após o aumento exponencial das incursões recentes.
As forças da Autoridade Palestina sabotam a Resistência Palestina a fim de proteger diretamente a ocupação sionista contra a revolta dos palestinos na região, que aumentou drasticamente após o início da Revolução Palestina, iniciada com a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, no dia 7 de outubro de 2023. Essas ações não são isoladas. Além da sabotagem militar, a Autoridade Palestina tem participado ativamente da repressão ao povo palestino, por meio de prisões e perseguições a membros da Resistência.
Com o aumento da crise do Estado de “Israel” e uma crescente revolta armada, a Autoridade Palestina torna-se cada vez mais impopular. O apoio da população ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) tem empurrado a entidade cada vez mais para a direita. A Autoridade Palestina atua como um braço do Mossad na região, capturando informações da Resistência, seus movimentos e quaisquer operações que planejam realizar, com o intuito de frustrá-las e entregar os insurgentes para os sionistas.
Desde a operação realizada pelo Hamas e outros grupos de resistência — como a Jiade Islâmica, a Frente Popular para a Libertação da Palestina, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina, o Hesbolá, grupos iemenitas, entre outros —, as forças sionistas prenderam mais de 12.000 palestinos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental. Esse número inclui jornalistas, políticos não envolvidos com o braço armado das Brigadas de Al-Qassam, ativistas, médicos, mulheres e até crianças.
Além disso, é escancarado o uso sistemático de tortura contra os presos políticos — tudo isso com o apoio aberto da Autoridade Palestina, que cumpre um papel extremamente reacionário: verdadeiros cães dos sionistas.
A Revolução Palestina colocou em marcha um processo que aumenta ainda mais a impopularidade da Autoridade Palestina, que já era baixa após a capitulação nos Acordos de Oslo e outras concessões que ampliaram o sofrimento do povo palestino. Isso ocorre porque o grupo no poder reconhece na Resistência um inimigo mais perigoso do que os próprios sionistas. Não à toa, sabotam ações da Resistência na Cisjordânia, abrindo caminho para a continuidade do genocídio cometido pelos sionistas.
Pesquisas indicam que a confiança da população palestina na Autoridade é extremamente baixa. Em 2024, 72% dos palestinos consideravam os líderes da entidade corruptos. A perda de influência é acompanhada de um aumento constante no apoio da população da Cisjordânia ao Hamas: 76% têm uma visão positiva do movimento e da ação de resistência contra o sionismo — escancarando de que lado está o povo palestino.