Nesta segunda-feira (5), o portal de notícias britânico Middle East Eye (MEE) noticiou que Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina (AP), um notório cachorro dos sionista, planeja anunciar plano para desarmar a resistência palestina que está nos campos de refugiados no Líbano. Ele estará no país em 19 de maio, ocasião em que se reunirá com o atual presidente do país, o militar Joseph Aoun, que foi colocado recentemente no poder pelos Estados Unidos e pela Arábia Saudita.

Conforme noticia o portal de notícias The Cradle, o plano de Abbas visa não apenas o desarmamento da resistência armada que existe dentro do Fatá – seu próprio partido – localizada em território libanês. Ele quer realizar, com auxílio do governo, o desarmamento de todas as organizações da resistência palestina que estão nos campos de refugiados do Líbano.

Fontes dizem que, se as organizações palestinas se recusarem a abaixar as armas, o governo libanês mobilizará o exército contra a resistência, em verdadeiro papel de lacaio de “Israel”, dos Estados Unidos e demais países imperialistas. O plano teria vindo da Arábia Saudita, através de Faisal bin Farhan Al-Saud, ministro das Relações Exteriores. A monarquia saudita é um dos vários países árabes que estão no bolso no imperialismo, e, consequentemente, não faz nada para impedir o genocídio de “Israel” contra os palestinos, muito menos auxiliar a luta pela libertação nacional da Palestina.

A tentativa do imperialismo e do sionismo, através de Abbas, Arábia Saudita e Líbano, de desarmar a resistência palestina no país ocorre em momento que o governo libanês promove e intensifica seu cerco contra o Hesbolá, organização xiita libanesa e um dos principais aliados dos palestinos na atual guerra contra “Israel”.

Desde que assumiu o poder, o presidente do Líbano (e o Estado libanês de conjunto) vem tentando desarticular o Hesbolá através de aproximações sucessivas. Aproveitando-se da trégua formalizada em final de novembro de 2024, o governo e o exército libaneses não fazem absolutamente nada contra “Israel”, que vem violando o cessar-fogo diariamente nesse último semestre, bombardeando sistematicamente o sul do Líbano, bem como outras regiões e até mesmo a capital, Beirute. Os ataques visam assassinar militantes e combatentes do Hesbolá e destruir instalações do partido revolucionário.

Ao mesmo tempo, o governo libanês trabalha para desarmar o Hesbolá. Contudo, o partido já declarou que “o desarmamento não está em pauta, a preço algum”. A declaração é de Mahmoud Qomati, vice-líder do Birô Político do Hesbolá, que denunciou também que EUA e “Israel” lideram uma campanha para desmantelar os movimentos de resistência da região.

Em demonstração de que a ofensiva do imperialismo contra a resistência se aprofunda, na última sexta-feira (2), o Conselho Superior de Defesa do Líbano alertou o Hamas e outros grupos contra o lançamento de ataques contra “Israel” a partir do território libanês, ameaçando adotar “as medidas mais severas” para preservar a estabilidade nacional, conforme noticiado pelo The Cradle.

Ante a ofensiva, o Hamas se pronunciou, através de Osama Hamdam, representante do partido palestino no Líbano:

“Os palestinos têm tanto uma obrigação moral quanto um mandato legal, sob o direito internacional, de empregar resistência armada para lutar contra uma ocupação israelense que tem sido repetidamente considerada ilegal em tribunais internacionais e é condenada como um sistema de apartheid pelas principais organizações de direitos humanos do mundo. Portanto, não há opção para os palestinos se livrarem dessa ocupação sem resistência, não há outra opção”, declarou Hamdan.

O plano de Mahmoud Abbas (Autoridade Palestina), sendo ele um cachorro do sionismo, vai ao encontro das propostas farsescas de “Israel” para supostamente parar sua guerra genocida contra Gaza. Em todas as propostas, a entidade sionista demanda o completo desarmamento do Hamas, isto é, da resistência palestina, tendo em vista que o partido palestino é a principal das organizações de resistência.

Em relação à última proposta, um alto funcionário da Resistência Palestina disse à emissora libanesa Al Mayadeen, na noite de segunda-feira (5), que, apesar de pressões crescentes contra o partido, o Hamas respondeu oficialmente à proposta por meio de mediadores, rejeitando firmemente seus termos. 

O plano da Autoridade Palestina, de desarmar a resistência palestina no Líbano, faz parte da atual ofensiva contrarrevolucionária do imperialismo, que objetiva, no plano imediato, derrotar a resistência palestina, cuja liderança é o Hamas, e o Eixo da Resistência, cujos principais atores são Irã, Iêmen e Hesbolá, e que, atualmente, são as principais forças no enfrentamento direto contra ditadura mundial do imperialismo.

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Last Update: 07/05/2025