Já completa três meses a greve na Receita Federal que envolve cerca de 7 mil auditores fiscais e 6,5 mil analistas tributários. Os servidores marcaram a semana com várias passeatas em diversas regiões fiscais, entregaram cargos em comissão e paralisaram o trabalho em diversas delegacias da Receita Federal ao longo do País.
A paralisação já impactou a arrecadação tributária do governo em pelo menos R$14,6 bilhões. O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) afirmou que a categoria irá continuar a greve até as suas demandas serem atendidas.
Os auditores reclamam a valorização salarial, visto que afirmam estar com os salários básicos congelados.
Além da arrecadação tributária direta, a greve também paralisou o julgamento de processos pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) que juntos somam valores em perspectiva de pelo menos R$51 bilhões.
A operação aduaneira nos aeroportos do estado de São Paulo, no caso de Guarulhos e Viracopos têm funcionado de forma seletiva, atendendo apenas cerca de 15% da demanda de remessas postais diárias.
As cargas que passam por vistoria demoram cerca de 21 dias para serem liberadas, quando o tempo normal deveria ser de apenas 1 dia.
No caso das chamadas “remessas expressas”, que são materiais de maior valor, são selecionadas para a vistoria cerca de 50% das remessas e o tempo médio de liberação está em 7 dias, quando normalmente também deveria ser de apenas um.
São recebidas todos os dias cerca de 100 mil remessas postais e 3 mil remessas expressas, esses números apenas do aeroporto de Viracopos.
É preciso que os servidores da Receita tenham atendidas as suas reivindicações pelo governo Lula.
Ao ignorar as reivindicações da greve, o governo enfraquece dentro de sua própria base diante dos trabalhadores públicos assalariados, e também deixa o dano econômico afetar a economia desnecessariamente.