A população brasileira saiu às ruas nesta sexta-feira (1º) para mandar um recado ao governo dos Estados Unidos e ao presidente Donald Trump: “Soberania não se negocia”.
Reunidos por entidades do movimento estudantil, sindical e popular, os manifestantes realizaram protestos ao longo do dia em frente às embaixadas e consulados dos EUA pelo Brasil, além de atos em praças públicas e locais de grande concentração de pessoas.
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Antes de Trump assinar o decreto que confirmou o “tarifaço”, havia o indicativo de que a taxação de 50% sobre produtos brasileiros exportados começaria em 1º de agosto. Por isso, os protestos foram convocados para a data. Depois do comunicado oficial, com 694 exceções de produtos, a data para o início da cobrança passou para 6 de agosto. Mesmo assim as entidades mantiveram esta sexta como marco de protesto.
São Paulo
A União Nacional dos Estudantes (UNE) promoveu manifestações em diferentes municípios. Na cidade de São Paulo, os atos foram marcados para ocorrerem em frente ao Consulado dos EUA. Em publicação nas redes sociais, os estudantes destacaram: “Os estudantes brasileiros estão ocupando as ruas em todo o Brasil pra dizer bem claro: o nosso futuro não se vende, se defende! Estamos nas ruas em defesa da soberania nacional, contra a entrega do nosso país aos interesses de fora e em luta por um Brasil mais justo, democrático e com educação de qualidade para todos!”




A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) marcou presença no ato em frente ao Consulado em São Paulo: “Trabalhadoras e trabalhadores unidos em defesa do Brasil soberano, contra o tarifaço de Trump, e por direitos, justiça social e democracia!”


O PCdoB tem representações nos atos espalhados pelo Brasil. Na capital paulista, o presidente municipal do partido, Alcides Amazonas, mandou um recado diretamente de intervenção realizada na Ponte do Morumbi, na zona sul de São Paulo e depois esteve no ato com estudantes e sindicatos.


Bahia
Os sindicalistas da CTB também marcaram presença em ato no bairro de Campo Grande, em Salvador, Bahia.

Minas Gerais
Em Belo Horizonte, o protesto pela manhã promovido pela UNE foi em frente à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e os atos se estendem até a Praça Sete.

Distrito Federal
Em Brasília (DF), os manifestantes se reuniram na Esplanada dos Ministérios.




Além das pautas em defesa da soberania nacional e do rechaço à ingerência norte-americana, os manifestantes também levantam as seguintes bandeiras de reivindicação:
- Fim da escala de trabalho 6×1;
- Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil;
- Taxação dos super-ricos;
- Redução da jornada de trabalho;
- Rejeição ao PL da devastação ambiental;
- Contra a pejotização irrestrita;
- Fim do genocídio em Gaza.