Há várias máximas na política. Duas delas explicam bem o fracasso do ato pró Bolsonaro acontecido ontem no Rio e em algumas capitais. A primeira delas é que política não é coisa para amador, gente que acredita liderar grupos e que tenta usar estes grupos em proveito próprio ou de seu grupo. A segunda é que, em política, não se pode praticar ato inútil. Tentar mobilizar multidões em torno de algo pouco claro, como o benefício da anistia para o país, e contra outro Poder, no caso o Judiciário. Não funciona, pois não deixa claro os benefícios que o ato pode trazer ao povo. Poderíamos acrescentar uma terceira máxima, que Tancredo gostava pouco: não se faz política com ódio. Desconhecer regras tão elementares assim na prática política é fracassar em seus objetivos. E foi o que aconteceu com Bolsonaro e alguns de seu grupo. Se o que se pretendia era mostrar força, liderança política, capacidade de mobilização e apoio incondicional, Bolsonaro e seus cupinchas fracassaram redondamente. Se queriam acuar os julgadores, demonstraram falta de apoio popular uma semana antes de um julgamento importante. Falaram em colocar um milhão de pessoas nas ruas do Rio. Não chegaram a 20 mil. Em Belo Horizonte não passaram de 500 na Praça da Liberdade. Tiraram da boca de Bolsonaro o discurso de perseguição. Perseguição política a quem demonstrou ter tão pouco apoio? Para quê? Agora é esperar o julgamento no STF. No Legislativo a anistia pode ter perdido apoio. (foto/reprodução internet)

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Last Update: 16/03/2025