A aprovação do presidente argentino Javier Milei caiu quase cinco pontos percentuais entre março e abril, segundo uma pesquisa AtlasIntel em parceria com a Bloomberg divulgada nesta segunda-feira 28.

No mês passado, 46,5% aprovavam o desempenho do ultradireitista; agora, são 41,8%. A desaprovação, por outro lado, também recuou, de 48,9% para 47,5%. Disparou de 4,7% para 10,7% o universo dos que não souberam responder.

A avaliação do governo também teve forte movimentação: os que o consideram bom ou ótimo despencaram de 44% para 35,7%, enquanto caíram de 47,9% para 44,4% os que o consideram ruim ou péssimo e subiram de 6,9% para 17,4% os que o definem como regular.

Em abril, cresceu significativamente a preocupação dos argentinos com o custo de vida (o principal problema do País para 53%) e a corrupção (51,8%). Outros itens da lista, por sua vez, perderam tração, como desemprego (29,5%), insegurança (26,5%) e enfraquecimento das instituições (18,4%).

Houve uma leve melhora no nível de confiança do consumidor, embora as perspectivas econômicas na opinião dos argentinos ainda sejam fortemente negativas.

As expectativas de inflação caíram, mas 47% projetam que a situação da economia no país deve piorar nos próximos seis meses, ante 39% que acreditam em uma melhora. Além disso, 46,6% julgam ser muito provável uma recessão no próximo ano (outros 17,1% consideram “apenas” provável).

Em meio a um cenário incerto para Milei, o peronismo busca acelerar a recuperação da maior crise de sua história recente. A imagem positiva da ex-presidenta Cristina Kirchner, principal expoente do campo neste século, tem subido nos últimos meses: era de 28% em janeiro, saltou para 36% em fevereiro, atingiu 41% em março e chegou a 42% neste mês. No período, a negativa desceu de 62% para 54% e, agora, para 52%.

Cristina, porém, tem uma situação jurídica delicada. No fim de março, recorreu à Suprema Corte para anular uma sentença de seis anos de prisão. Se o tribunal rejeitar o recurso, a condenação se tornará definitiva. Nesse caso, a ex-presidenta, de 72 anos, poderia solicitar prisão domiciliar devido à sua idade.

Já Axel Kicillof, governador da província de Buenos Aires e figura promissora do campo progressista, tinha 31% de imagem positiva em janeiro, manteve o índice em fevereiro, chegou a 34% no mês passado e conservou este número em abril. Suas impressões negativas saíram de 60% em janeiro para 58% em fevereiro, retornaram a 60% em março e caíram para 56%.

O instituto contou com 1.681 respondentes pela internet, via Recrutamento Digital Aleatório, entre 20 e 24 de abril. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.

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Last Update: 28/04/2025