O presidente da Argentina, Javier Milei, segue com a desaprovação elevada, mas exibe sinais de recuperação. É o que indica a nova rodada da pesquisa Latam Pulse Argentina, elaborada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira 20.
Enquanto a desaprovação caiu 1,6 ponto percentual em maio, chegando a 45,9%, a aprovação subiu de 41,8% para 45,3%.
Esse movimento também indica uma melhora na avaliação do governo, que subiu de 35,7% em abril para 38,1% em maio. Aqueles que classificavam a gestão do ultraliberal como ruim ou muito ruim somavam 44,4% em abril, mas houve uma queda de 3,1 pontos, chegando a 41,3%.
Enquanto isso, 18,2% definem o governo como regular. Outros 2,3% disseram não saber.
A principal fonte de angústia dos argentinos é o custo de vida. A escalada de preços e os picos inflacionários foram mencionados por 55% dos entrevistados como o pior problema do país, o que representa uma alta de 2 pontos na comparação com a pesquisa anterior. Outro ponto de destaque é que 65% dos entrevistados responderam que consideram ruim a situação econômica.
Outra preocupação tem a ver com as incertezas relacionadas ao trabalho. A apreensão com o desemprego disparou de 30% para 41% nos últimos meses, evidenciando uma deterioração nas expectativas do mercado de trabalho.
As expectativas sobre o futuro também passam longe do otimismo. Cerca de 41% preveem uma deterioração da economia nacional, enquanto 43% projetam um agravamento das condições laborais.
O mercado de trabalho recebe avaliação ainda mais severa, com 74% manifestando percepções negativas.
Avaliando as principais ações do governo Milei nos últimos meses, os argentinos se dividiram sobre o empréstimo de 20 bilhões de dólares junto ao Fundo Monetário Internacional. Enquanto 53% se mostraram contrários a respeito do acordo, 41% o avaliam positivamente.
Por outro lado, a eliminação do limite mensal para compra de dólares foi aprovada pela maioria: 54% veem a medida de forma positiva, ante cerca de 30% contrários.
A pesquisa da AtlasIntel foi realizada entre 21 e 26 de maio, pela internet, com 2.031 pessoas na Argentina. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
