Em entrevista ao Wall Street Journal, o bilionário e cofundador da Microsoft, Bill Gates, evitou comentar a guinada de Elon Musk em direção a políticos de extrema-direita na Europa e preferiu ressaltar os possíveis “resultados positivos” que o CEO da Tesla e da SpaceX poderia trazer ao governo do ex-presidente Donald Trump.
“Acho que a ideia de encarar os gastos do governo como uma abordagem de soma zero pode ser uma coisa valiosa”, declarou Gates, fazendo referência ao Doge (Departamento de Eficiência Governamental), criado por Musk para promover cortes nas contas públicas. O déficit americano no ano fiscal de 2024, encerrado em 30 de setembro, chegou a US$ 1,83 trilhão, o terceiro maior de sua história.
O cofundador da Microsoft demonstrou afinidade com a tese de que o excesso de gastos públicos pode levar a problemas financeiros no futuro. Segundo ele, é preciso “analisar com cuidado os orçamentos de áreas como defesa, previdência social e saúde”, mas sem comprometer iniciativas de longo prazo, como o combate ao HIV.
Embora tenha elogiado a postura de Musk em relação ao controle de gastos, Gates contou que está sem contato com o empresário há cerca de 18 meses. “Eu não estou tentando falar sobre política da Europa como ele, então isso me surpreende um pouco. Ele encontra tempo para fazer muitas coisas”, afirmou, demonstrando certa admiração pela multiplicidade de interesses de Musk.
Recentemente, o CEO da Tesla tem sido questionado por usar a rede social X para apoiar grupos de extrema-direita, como o partido alemão AfD (Alternativa para a Alemanha). Em janeiro, Musk recebeu a candidata Alice Weidel em uma transmissão ao vivo, reforçando sua ofensiva contra governantes de centro e centro-esquerda na Europa.
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