O balanço do bombardeio israelense na cidade de Hodeida, no Iêmen, subiu para seis mortos, informaram as autoridades sanitárias dos rebeldes houthis.
Em um comunicado divulgado pela mídia houthi, o Ministério da Saúde indicou que “seis pessoas foram martirizadas, três ainda estão desaparecidas e outras 83 ficaram feridas” nos bombardeios israelenses de sábado, revisando para cima um número anterior, que registrava três mortos e 87 feridos.
Aliados do Irã abriram frentes contra Israel, em apoio aos palestinos da Faixa de Gaza, sitiada e bombardeada por Israel desde 7 de outubro.
Israel bombardeou o porto ocidental de Hodeida em resposta a um ataque de drone houthi em Tel Aviv no sábado.
Segundo o Exército israelense, a zona portuária atacada era utilizada para o “fornecimento de armas iranianas do Irã ao Iêmen”, como “o drone utilizado” contra Tel Aviv.
Em resposta, os houthis reiteraram as suas ameaças contra Israel.
“Responderemos a esta agressão (…). Não hesitaremos em atacar alvos vitais do inimigo israelense” disse Yahya Saree, porta-voz militar dos insurgentes.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, alertou que o Exército agiria novamente contra os houthis se eles “ousassem atacar” Israel novamente.
Neste domingo, o Exército israelense anunciou que interceptou um míssil disparado do Iêmen em direção à cidade de Eilat, no mar Vermelho.
Yahya Saree confirmou que mísseis foram disparados contra Eilat.
O Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou “os ataques do regime sionista” no Iêmen e afirmou que considera Israel e os seus aliados, incluindo os Estados Unidos, “responsáveis pelas perigosas consequências da continuação dos crimes em Gaza e dos ataques contra o Iêmen”.
Há meses os houthis realizam ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Áden contra navios vinculados, segundo eles, a Israel, em solidariedade com os palestinos em Gaza, e lançam mísseis contra cidades israelenses, embora a maioria tenha sido abatida.
A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas do Hamas e de outros grupos palestinos mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.
O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem cativas em Gaza, 42 das quais teriam morrido.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já matou 38.983 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.