A Polícia do Ceará está investigando dois casos graves de violência que resultaram em quatro mortos e oito feridos na noite de sexta-feira (21). Os ataques a tiros ocorreram nos bairros Barroso e Mondubim, em Fortaleza.
Em um dos ataques, criminosos em dois veículos abriram fogo contra pessoas em um campo de futebol no bairro Barroso. Uma mulher e um menino de 10 anos foram mortos, e outras oito pessoas ficaram feridas. A polícia prendeu duas pessoas suspeitas de envolvimento no crime.
Nove crianças e adolescentes, com idades entre 8 e 16 anos, foram baleados. A criança de 10 anos e uma mulher de 48 anos morreram no local. Os feridos foram levados ao Hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), onde um menino de 8 anos, atingido na cabeça, está internado na UTI. Outros dois passaram por cirurgias de emergência, e os demais estão sendo acompanhados por equipes médicas.
Outro ataque ocorreu em uma pizzaria no bairro Mondubim, onde criminosos em três motocicletas dispararam contra um entregador e um cliente. O entregador foi morto com vários tiros, muitos deles na cabeça. O cliente, atingido por engano, morava em um condomínio próximo e estava lanchando no momento do ataque. As câmeras de segurança registraram o crime.
Além dos ataques em Fortaleza, uma chacina ocorreu na cidade de Viçosa do Ceará na madrugada de quinta-feira (20). Nove pessoas foram baleadas, das quais sete morreram no local, uma no hospital na sexta (21), e uma mulher está internada em estado grave.
Um suspeito de 51 anos, com passagens por tráfico e porte ilegal de armas, foi preso em Parnaíba (PI). Ele é acusado de revelar a localização das vítimas aos executores.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a chacina foi motivada por conflitos entre facções criminosas que disputam território de venda de drogas. Três pessoas foram detidas em flagrante na quinta-feira (20) por envolvimento com o tráfico de drogas e foram ouvidas como parte da investigação.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), divulgou um vídeo solidarizando-se com as vítimas e prometendo reforçar a segurança. “Se necessário, não hesitarei em solicitar reforço de apoio federal nessa missão. Inclusive liguei há pouco para o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, relatando a situação.”
Elmano de Freitas destacou que o aumento da violência é uma resposta das facções criminosas ao reforço no combate ao crime. “Isso ocorre na sequência da intensificação do combate ao crime que temos realizado e do anúncio de novas e mais duras medidas de enfrentamento às organizações criminosas.”