Na última terça-feira (24), participantes do Festival Internacional de Comunicação Sobh condenaram o ataque da ditadura sionista contra a sede da emissora estatal iraniana IRIB, ocorrido em 16 de junho. Em comunicado, jornalistas, ativistas e cineastas denunciaram o atentado como terrorismo deliberado e violação da soberania do Irã.
Organizado pelo serviço internacional da IRIB, o festival é um evento anual de prestígio. O ataque ao icônico Edifício de Vidro da emissora matou e feriu jornalistas e funcionários, sendo descrito como tentativa de silenciar a “voz dos sem-voz”.
O comunicado destacou o papel da IRIB na cobertura da guerra em Gaza, iniciada por “Israel” em outubro de 2023. A emissora divulgou relatos sem censura sobre crimes de guerra, expondo a destruição de hospitais, abrigos e áreas residenciais.
O ataque ao edifício foi classificado como vingança e esforço para calar a verdade. “A destruição do Edifício de Vidro por ‘Israel’ foi um ato de revanche, mas também uma tentativa de calar a verdade e transparente, que, no entanto, encontrará seu caminho, como água pura”, afirmou a declaração do evento.
Os signatários ligaram o ataque à política do enclave imperialista de atingir jornalistas, citando o assassinato da palestina Shireen Abu Akleh e a morte de cerca de 300 profissionais de imprensa em Gaza desde 2023. Eles acusaram “Israel” de violar a Convenção de Genebra e resoluções da ONU, que proíbem ataques a jornalistas em conflitos.
A ofensiva contra o Irã, iniciada em 13 de junho, causou mais de 400 mortes, incluindo mulheres e crianças. Para homenagear os jornalistas mortos e defender a mídia livre, o grupo propôs que 16 de junho seja declarado o “Dia Internacional da Imprensa Oprimida”.