Juan Proaño, CEO da Liga dos Cidadãos Latino-Americanos Unidos (LULAC), afirmou que as propostas de Donald Trump podem resultar nas políticas de imigração mais rígidas da história dos EUA. Segundo ele, as ideias do recém-eleito presidente americano incluem deportações em massa e a remoção do status de refugiado de diversas pessoas.
“Estamos falando sobre voltar aos anos 1940, onde você tem campos de internamento japoneses”, disse Proaño, referindo-se a práticas durante a Segunda Guerra Mundial.
As políticas de Trump levantam preocupações sobre a possibilidade de uso do Exército para ações como deportações, algo que especialistas consideram ilegal. Além disso, estimativas apontam que deportar um milhão de imigrantes poderia custar cerca de US$ 900 bilhões. “Quem vai pagar por isso? Não temos pessoas suficientes para fazer a aplicação da medida”, questionou o diretor da LULAC.
Apesar do apoio crescente entre homens latinos, o presidente enfrenta críticas dentro da própria comunidade. Proaño destacou que muitos latinos que votaram em Trump são cidadãos ou residentes há gerações nos EUA. No entanto, ele afirma que a retórica do chefe de Estado sobre economia e segurança na fronteira atraiu esse grupo. “Minha sensação é que muitas pessoas não acreditam que ele vá realmente deportar 10 milhões de pessoas”, comentou.
A possível retirada de proteções como o DACA e o TPS preocupa ainda mais. Segundo Proaño, essas medidas afetariam diretamente refugiados e asilados de países como o Haiti. Ele explicou que, embora beneficiários dessas políticas estejam legalizados, aliados de Trump os classificam como ilegais, aumentando o risco de expulsões em massa.
Proaño também comparou as administrações de Trump e Obama, ressaltando que, embora Obama tenha deportado mais pessoas, suas ações se concentraram em fronteiras, enquanto as de Trump incluem perseguições em cidades-santuário e igrejas. “O que Trump está falando é muito diferente”, afirmou, destacando a gravidade do cenário.
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